Prefeita Márcia Conrado tem responsabilizado as quedas nas verbas do (FPM), mas evita fazer críticas diretas ao governo do presidente Lula, seu aliado político.
Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, é mais um município a decretar situação de calamidade financeira em Pernambuco. A documentação necessária já foi enviada à Assembleia Legislativa (Alepe) pela prefeita Márcia Conrado (PT).
Enquanto presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Márcia tem responsabilizado as quedas nas verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pela situação caótica, inclusive de Serra Talhada, mas evita fazer críticas diretas ao governo do presidente Lula, seu aliado político e importante cabo eleitoral para 2024.
A decisão da gestora mostra, no entanto, a situação crítica em que Serra Talhada se encontra, com inúmeros débitos junto aos fornecedores, constantes atrasos de salários aos servidores, falta de repasses previdenciários e ainda o escândalo envolvendo os consignados.
A situação financeira do município vem sendo denunciada há algum tempo pelo vereador oposicionista Vandinho da Saúde, que bate sempre na tecla dos gastos e dos débitos da gestão Márcia. Ainda na sessão da última terça (28), o parlamentar questionou os gastos do governo com festividades, citando R$ 8 milhões gastos somente pela Fundação de Cultura em 2023. “Oitenta por cento foram gastos com festas”, disse Vandinho.
A petista foi bastante criticada nos últimos meses por ter realizado festas milionárias em meio à uma crise financeira, a exemplo da Festa de Setembro, onde foram gastos mais de R$ 6 milhões.
Cimpajeú
O presidente do Cimpajeú e prefeito de Ingazeira, Luciano Torres, deu uma dura declaração à Rádio Pajeú, de Afogados da Ingazeira. Ele cancelou a festa de emancipação política que aconteceria em dezembro devido a esse cenário. “Não vamos fazer festa de emancipação. A prioridade é pagar fornecedores e servidores efetivos e contratados. Faz festa quem pode”, disse.
Via Blog Juliana Lima