sáb, 27 julho 2024
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Corrida para vaga no STF se afunila entre dois nomes de confiança de Lula

A corrida pela próxima vaga a ser aberta no STF, daqui a pouco mais de um mês, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, começou com muitos nomes, entre eles políticos graúdos e juristas renomados, e muita discussão, principalmente em torno da representatividade feminina na Corte, onde as mulheres ocupam apenas duas das onze cadeiras.

Tudo indica, no entanto, que a disputa começa a se afunilar. Embora a definição ainda esteja em aberto e não seja possível cravar o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quem acompanha os bastidores aponta dois nomes como os mais fortes hoje no páreo: o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. No percurso perderam força outros cogitados, como o ministro da Justiça, Flávio Dino, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O que ainda pode embaralhar a disputa é a pressão que Lula tem sofrido de alas progressistas para colocar uma mulher no lugar de Weber, movimento que até agora não sensibilizou o presidente.

Cada um dos favoritos tenta agora reforçar as suas cartas na manga. Os apoios do PT foram providenciais para que Messias figure hoje entre os mais cotados. Interlocutores do presidente dizem que o chefe da AGU surpreendeu ao reunir o aval de distintas alas petistas. Essas fontes citam relações muito próximas e fraternas do ministro com a ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, além das preferências da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner. Jorge Messias frequenta os bastidores do partido há tempos, trata-se de “prata da casa”, como resume um aliado de Lula. Outro “empurrão” vem do Prerrogativas, grupo de juristas ligados ao presidente, embora ali também seja vista com bons olhos a alternativa Dantas. Sua desvantagem é a falta de experiência em cargos de peso, o que não restringe a resiliência em situações de extrema pressão.

Seus defensores ressaltam ainda sua boa interlocução no meio evangélico, uma qualidade que, a rigor, carrega igualmente um lado negativo. Diácono da Igreja Batista, conta com o apoio de lideranças como a do deputado Cezinha de Madureira (PSD­-SP). Foi Messias, aliás, quem representou Lula na Marcha para Jesus, em São Paulo (o presidente teve o seu nome vaiado ao ser citado pelo AGU. Setores tidos como progressistas, que defendem a liberalização do aborto e da Cannabis para uso medicinal, olham com desconfiança a possibilidade de mais um devoto assumir o STF após a chegada do “terrivelmente evangélico” André Mendonça. Messias, vale ressaltar, tornou-se conhecido do público em 2016, no famoso episódio ocorrido no apagar das luzes do governo Dilma. Enquanto subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil, seria ele o responsável por levar a Lula em mãos o termo de posse como ministro, que, em razão do foro privilegiado, poderia livrá-lo de uma eventual prisão determinada na Operação Lava-Jato. No famigerado grampo em que Dilma conta a Lula sobre os planos, o agora AGU ficou conhecido como “Bessias”.

Via PE Notícias

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