ter, 3 dezembro 2024
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Consumidor pode economizar com energia solar mesmo sem ter placas

O investimento em energia solar não é apenas uma boa ação ambiental, é também a certeza de economia para todos os consumidores que buscarem empresas confiáveis do setor. Além de reduzir em até 95% a conta de luz, a despesa para instalação, bem menos salgada que no passado, é abatida em cinco anos em média.

Mesmo quem não tem telhado com bom espaço livre ou mora em apartamento pode se beneficiar da energia solar alugando a eletricidade de uma usina local.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil atingiu a marca de 10 gigawatts de capacidade operacional em usinas de grande porte e em pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos do país. O número, difícil de entender, representa 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo.

Hoje, 700 mil consumidores do país usam o sol para gerar sua própria eletricidade (com 6,3 gigawatts produzidos). É gente que ajuda o meio ambiente com uma matriz limpa e ainda pagava pouco todo mês na conta de luz.

A opção, não à toa, teve um boom em 2021, com a queda nas chuvas, o temor de racionamento e o encarecimento da energia, com as sucessivas bandeiras tarifárias. A Absolar, em levantamento de julho de 2021, apontava um aumento de 117% na procura por projetos de energia solar.

Nem telhado eu tenho

Quem não tem telhado para pôr as placas ou não quer pagar o valor inicial da montagem, pode ainda dar uma mão à natureza contratando empresas que captam a luz solar e a colocam no sistema da distribuidora local.

Como fazer? Procure uma produtora próxima e a contrate pelo período que desejar. A redução na conta, nesse caso, fica entre 10% e 15%, mas o estímulo à energia renovável é o mesmo. 

Alexandre Bueno, um historiador formado na Universidade de São Paulo (USP) que se interessou pela causa, investiu com alguns sócios na criação de uma usina com placas fotovoltaicas no interior de São Paulo, em 2017.

Quatro anos depois a Sun Mobi tem duas usinas, uma em Porto Feliz e outra em Araçoiaba da Serra, cidade próxima a Sorocaba. Hoje, 80% dos clientes são residenciais e 20%, corporativos, Na quantidade de eletricidade entregue, o percentual se inverte: quatro quintos vão para as empresas.

Bueno observa que 75% das edificações não têm como instalar os painéis e algumas residências não possuem as condições mínimas para gerar energia. Sombra demais e locais com muita chuva são itens que pesam contra a capacidade de produção, mas não a inviabilizam. Nesse nicho dos não aprovados entra a Sun Mobi.

“Com o custo atual da energia elétrica, não há porque descartar essa opção, por meio da instalação do sistema ou por contrato. Esse cliente vai ter um produto mais barato e ficar fora das bandeiras tarifárias, que estão levando as contas às alturas”, diz o empresário.

Segundo ele, quem fecha com sua companhia garante redução de pelo menos 10% na conta mensal e pode encerrar o fornecimento a qualquer momento, sem taxa de adesão ou prazo de fidelidade. “Nosso objetivo é fornecer um serviço similar ao da TV a cabo. Você assina, acompanha o monitoramento em tempo real de todos os gastos e sai quando quiser. Tudo bem prático e positivo não só para o cliente como para o meio ambiente”.

Ok, mas eu quero pôr placas no meu telhado. Como faço?

João Albino, de 58 anos, instalou há seis meses as placas no teto de sua casa, na cidade de São Paulo. E só tem elogios ao sistema.

Ele é um gaúcho — “gremista”, enfatiza — que atuou 40 anos no setor bancário e hoje é sócio de uma empresa de investimentos.

E como alguém do frio Rio Grande do Sul que mora em São Paulo, acostumado ao tradicional setor de finanças, poderia pensar em energia solar? A culpa é da nova geração, que já nasce preocupada com questões ambientais.

“Foi meu filho, que tinha 13 anos e agora está com 14, que me cobrou. Fico muito orgulhoso de ver que os mais novos têm essa mentalidade”, comenta.

Albino pensou mais na natureza do que no seu bolso, mas não tem do que reclamar em relação a nenhum desses aspectos.

“Eu pagava R$ 1.200 em média na conta de luz e hoje vem só a tarifa mínima, de menos de R$ 200. Para mim, não tem o que pensar. Nos meses em que gasto menos do que produzo, esse excesso vira crédito e posso aproveitar em um período que, por algum motivo, precise usar mais.”

O crédito também é utilizado no período noturno, todos os dias. Assim, se os painéis geram 10 quilowatts de manhã e à tarde e o morador usa apenas 7, o restante (3) fica para o gasto à noite. No fim do mês, calcula-se quanto foi fabricado e o quanto foi utilizado: se houver sobra, ela pode ser usada em meses posteriores; se se gastou mais do que produziu, a diferença é paga com a tarifa normal da concessionária.

O que convenceu João Albino definitivamente a colocar os equipamentos no alto de sua casa, em um condomínio da zona sul da capital paulista, foi a seriedade dos técnicos da empresa escolhida, a Portal Solar.

“Eles vieram aqui, definiram quantas placas seriam necessárias e disseram exatamente os custos que eu teria. Um vizinho meu também quis fazer, mas, no caso dele, havia bastante árvore fazendo sombra no telhado e não foi possível. Achei isso muito correto, não queriam apenas vender o sistema.”

A análise inicial é feita em cima dos gastos dos últimos doze meses na casa e inclui um questionamento sobre o que o consumidor pretende fazer futuramente e que pode ter impacto no uso de energia. Se quer ter um filho, por exemplo, ou comprar outros equipamentos, talvez seja aconselhado a ampliar a geração.

Via PE Notícias


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