A deputada federal Carla Zambelli (PL) sacou uma arma e apontou para um homem no meio da rua nos Jardins, área nobre de São Paulo, o caso ocorreu no sábado (29). Empunhando uma pistola, ela atravessou a alameda Lorena, perto do cruzamento com rua Joaquim Eugênio de Lima, e seguiu em direção ao bar onde o homem havia entrado.
“Na tarde deste sábado, enquanto eu almoçava com meu filho de 14 anos na Alameda Lorena, observei uma movimentação estranha pela janela do restaurante. Um grupo de pessoas olhava em minha direção como se estivesse me desafiando. Não por coincidência, quando saímos do restaurante, fui abordada por essa turma que começou a me ofender. Dentre os insultos, me chamaram de filha da puta e prostituta. Em nenhum momento eu aumentei o tom da minha voz, como os próprios vídeos comprovam”, relatou
A confusão foi gravada em vídeos por diversos ângulos, por testemunhas e pela própria equipe de Carla. Em um vídeo que registrou a cena, é possível ouvir a deputada gritar: “Deita no chão”.
“Eu disse que ia chamar a polícia, que ele tinha que esperar, ele se evadiu, eu saquei a arma e corri atrás dele pedindo pra ele parar, ele com medo parou dentro de um bar. Pedi para ele esperar a polícia porque ia dar flagrante”, continuou.
Segundo a parlamentar, o que houve foi uma violência contra a mulher.
“O que temos aí não é um crime de racismo, é um crime de agressão contra a mulher”, alegou.
Em suas redes sociais, ela mostrou um machucado no joelho e disse que, antes de sacar a arma, havia sido cercada e agredida. Um vídeo gravado por pessoas que presenciaram o episódio, entretanto, mostra que a deputada havia tropeçado e caído no chão quando tentava perseguir o homem.
Um segurança da parlamentar a socorreu e também passou a perseguir o homem, segurando uma arma. No registro, ainda é possível ver que o segurança chutou o homem, e um barulho de tiro pode ser ouvido.
O homem perseguido diz estar assustado e falou sobre racismo no caso. Segundo a defesa de Luan Araújo, ele vai prestar queixa de ameaça e racismo contra a parlamentar. Carla Zambelli nega racismo no caso.
Ao dar sua versão sobre o que ocorreu, ela disse que “usaram um negro” para ir em cima dela.
A deputada não ficou presa, apesar de resolução aprovada pelo TSE, em 2021, determinar que colecionadores, atiradores e caçadores são proibidos de portar armas no dia das eleições, nas 24h que antecedem o pleito e nas 24h que o sucedem. O segurança, porém, acabou preso em flagrante por disparo de arma de fogo.
A congressista foi encaminhada à delegacia para registro do boletim de ocorrência e “devidas providências de polícia judiciária”. Ao deixar o 78º DP de São Paulo, onde prestou depoimento, ela afirmou que votará armada neste domingo (30).
“Vou votar armada, inclusive com colete à prova de balas. Eu estarei armada e preparada”, afirmou.
Confira os vídeos: