25/06/2025 01:18

Justiça Eleitoral cassa mandatos do prefeito e vice de Pesqueira por abuso de poder político

Justiça Eleitoral cassa mandatos do prefeito e vice de Pesqueira por abuso de poder político

Em decisão proferida pelo juiz Rodrigo Flávio Alves de Oliveira, a Justiça Eleitoral de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, determinou a cassação dos mandatos do prefeito Marcos Luidson de Araújo, conhecido como Cacique Marcos (Republicanos), e da vice-prefeita Cilene Martins de Lima. Ambos tiveram os diplomas anulados por abuso de poder político e econômico durante a campanha de 2024. Além da perda dos mandatos, o prefeito foi declarado inelegível por oito anos. A vice, embora também cassada, não foi atingida pela pena de inelegibilidade. A ação judicial foi movida por Rossine Blesmany Santos Cordeiro, o Delegado Rossine, ex-prefeito de Lajedo e adversário direto na disputa eleitoral de Pesqueira. O processo teve como base um comício realizado em 29 de setembro de 2024 no distrito de Mutuca. Durante o evento, o prefeito eleito teria prometido publicamente iniciar, ainda naquela semana, o asfaltamento da principal avenida do bairro Baixa Grande. A promessa, segundo a acusação, configuraria uso da máquina pública com fins eleitoreiros. Paralelamente, o mesmo juiz também determinou a inelegibilidade de Rossine por oito anos, mas em outro processo. A decisão aponta que ele teria articulado uma rede de desinformação durante o período eleitoral, caracterizando conduta vedada pela legislação. Ambas as sentenças cabem recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Até que haja decisão definitiva, os efeitos práticos das cassações ainda podem ser suspensos. Via Pernambuco Notícias

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Vereador de Catende é preso em operação que investiga lavagem de dinheiro

Vereador de Catende é preso em operação que investiga lavagem de dinheiro

As investigações foram iniciadas em agosto de 2023 A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da Delegacia de Catende, deflagrou na manhã desta terça-feira (17) a Operação de Repressão Qualificada (ORQ) APOLO, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, com atuação principal no município de Catende, e ramificações em Recife, Palmares, Barreiros, Tacaimbó e Itaquitinga. A investigação, conduzida pelo delegado Paulo Mattos, titular da 74ª Circunscrição de Catende, teve início a partir de relatórios de inteligência financeira que indicaram movimentações bancárias atípicas realizadas por indivíduos ligados ao tráfico local. O trabalho contou também com a coordenação do Núcleo de Inteligência da PCPE (NI/PCPE). O delegado Paulo Mattos destacou: “O trabalho investigativo teve início em agosto de 2023 e revelou a existência de um esquema estruturado, com núcleos voltados à logística, venda e movimentação financeira dos recursos obtidos com o comércio ilícito de entorpecentes. Diante disso, fez-se necessário o pedido e cumprimento de medidas cautelares para obtenção de mais elementos de prova e resguardo da ordem pública”, afirmou o delegado. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra seis indivíduos, além de quatro mandados de busca e apreensão domiciliar e ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros, todos decretados pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Catende. Foi preso um vereador da Câmara Municipal de Catende, na Mata Sul. A Policia Cívil informou que por conta da Lei de Abuso de Autoridade e da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), já não divulga há anos nomes de suspeitos, presos e envolvidos em investigações. Via Portal PE10

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Alexandre de Moraes concede liberdade provisória a Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro

Alexandre de Moraes concede liberdade provisória a Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro

‘Não matei, não trafiquei, só pedi o passaporte para meu pai’, afirma Gilson Machado O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta sexta-feira (13) a prisão preventiva de Gilson Machado Guimarães Neto, ex-ministro do Turismo de Jair Bolsonaro. Na decisão, o magistrado argumentou que a prisão já produziu os efeitos esperados e não se justifica mais sua manutenção. Machado foi preso sob a suspeita de tentar obter ilegalmente um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, com o objetivo de ajudá-lo a fugir do país. O ministro afirmou que, embora existam indícios suficientes de que Machado tentou auxiliar Cid a escapar da Justiça — o que pode configurar crime de obstrução de investigação no contexto de organização criminosa —, as medidas cautelares são suficientes neste momento. “A necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade indica a possibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares previstas no art. 319, pois observados os critérios constantes do art. 282, ambos do Código de Processo Penal”, escreveu Moraes na decisão. O magistrado também destacou que diligências da Polícia Federal, como a apreensão de celulares e o depoimento do ex-ministro — que negou envolvimento no caso —, contribuíram para tornar a prisão desnecessária. Com a revogação, Gilson Machado deve cumprir restrições ainda não detalhadas publicamente, enquanto segue investigado por possível tentativa de obstrução à Justiça. Via Portal PE10

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PF prende Gilson Machado por suspeita de obstrução de Justiça

PF prende Gilson Machado por suspeita de obstrução de Justiça

Gilson Machado – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira o ex-ministro do Turismo Gilson Machado por suspeita de obstrução de Justiça ao tentar obter um passaporte português para o e-ajudante de ordens Mauro Cid. A PF quer saber se Machado atuou para facilitar uma possível saída de Cid do país. Ao GLOBO, o ex-ministro admitiu ter procurado o Consulado de Portugal em Recife, em maio deste ano, por telefone, mas alegou que sua intenção era tratar de uma questão familiar. A medida foi interpretada pela PF como uma possível tentativa de atrapalhar o andamento da ação penal da trama golpista, já que Cid é um dos réus. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a investigação sobre o caso. A PF reuniu indícios de que Gilson procurou o consulado em Recife, onde mora, para conseguir o passaporte de Cid, mas não teve sucesso. Há a suspeita, contudo, de que ele poderia procurar outras embaixadas ou consulados com o mesmo objetivo, para que o tenente-coronel deixe o país. A PF também ressaltou que em janeiro de 2023, antes de ser preso pela primeira vez, procurou um serviço de assessoria para a obtenção da cidadania portuguesa. Procurado na quarta-feira, Machado negou que tenha procurado o consulado em busca de um benefício para Cid. — Estou surpreso. Nunca fui atrás de nada a respeito de Mauro Cid. Tratei do passaporte para o meu pai — afirmou o ex-ministro. A PGR afirma que a atitude pode configurar obstrução de investigação da trama golpista e de outras apurações em curso, além de favorecimento pessoal. A PGR considera, no entanto, que é necessário aprofundar a apuração. De acordo com a Procuradoria, as informações reunidas pela PF apontam “elementos sugestivos” de uma ação de Machado para “obstruir a instrução da Ação Penal n. 2.688/DF e das demais investigações que seguem em curso, possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu MAURO CESAR BARBOSA CID, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual.” O trecho faz referência ao número da ação penal da trama golpista e a outras apurações em andamento, como a das joias e a da suposta existência de uma estrutura paralela na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro. Mauro Cid afirmou, ao deixar o STF no início da tarde desta terça, que a informação era “novidade” para ele e que não houve pedido de passaporte. Seu advogado, Cezar Bitencourt, disse que ele não teria “interesse” em deixar o Brasil: — Não, absolutamente nada. Não tinha interesse nenhum em sair do país. Gilson foi ministro do Turismo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e continua próximo do ex-presidente. No ano passado, concorreu à prefeitura de Recife pelo PL, mas ficou em segundo lugar. Recentemente, ele iniciou uma campanha de arrecadação de recursos para Bolsonaro. Em depoimento à PF na semana passada, o ex-presidente afirmou que a campanha foi feita sem seu conhecimento e que Machado arrecadou R$ 1 milhão. Via FolhaPE

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Nattan e Natanzinho Lima entram na disputa por marcas e nomes artísticos

Nattan e Natanzinho Lima entram na disputa por marcas e nomes artísticos

Uma disputa por nomes e marcas artísticas movimenta o cenário musical brasileiro, colocando o cantor Nattan, conhecido no forró, em pauta. Ele não briga apenas com Natanzinho Lima, do arrocha, mas também com outro artista, Jhonathan Elias Sousa Santana, pelo direito de usar o nome que o tornou famoso. A Batalha pela Marca “NATTAN” Em 2023, Nattan, cujo nome de batismo é Natanael Cesario dos Santos, entrou na Justiça. Seu alvo era o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e Jhonathan Elias Sousa Santana. O objetivo de Natanael era impedir Jhonathan de usar a marca “NATTAN” em qualquer contexto, como pseudônimo, marca de produtos ou serviços, e em plataformas digitais e materiais publicitários. Documentos do INPI mostram que Jhonathan Elias Sousa Santana pediu o registro da marca Nattan em novembro de 2019. Em 2023, o registro passou por um processo interno de Anulação de Registro. A situação teve uma mudança importante em abril de 2024, quando foi registrada a transferência de titularidade para Natanael. A conclusão oficial dessa transferência aconteceu em março de 2025. No Ecad, Jhonathan Elias Sousa Santana está registrado com o pseudônimo Nattan. Ele tem 23 obras musicais cadastradas. Músicas lançadas digitalmente, como ‘Bad Tan’, que saiu pelo perfil Than Elias, fazem parte desse registro. O perfil do artista no Spotify fala que “THAN ELIAS deu início a sua carreira musical no Funk”. O texto descreve sua música como aliando “elementos musicais diversificados” e tendo “identidade própria digna de uma nova geração”. O Confronto por “Natanzinho” A briga envolvendo Natanzinho Lima tem um ponto diferente. A equipe de Nattan emitiu uma nota para falar sobre a situação com seu xará. Eles esclareceram que não há disputa pelo registro da marca “Natanzinho Lima”. Contudo, o cantor alerta sobre o uso do nome “Natanzinho” de forma isolada, sem o “Lima”. Isso, segundo ele, pode criar confusão entre o público e os contratantes, gerando conflitos de identidade. A nota oficial explica que “A contestação se dá apenas pelo uso isolado de ‘Natanzinho’, o que pode causar confusão junto ao público, já que esse nome é associado à trajetória de Nattan há muitos anos.” O objetivo, afirmam, é “evitar conflitos de identidade artística e garantir clareza perante o público.” As questões burocráticas, junto ao INPI, estão sendo resolvidas pelos artistas. Nattan deu entrada no pedido de registro do nome “Nattanzinho” em novembro de 2024. Em fevereiro de 2025, a Camarote Shows e Eventos LTDA, empresa de Wesley Safadão que gerencia a carreira de Nattan, apresentou uma oposição a esse pedido. Por outro lado, a marca Natanzinho Lima é registrada por Natã Lima Nascimento desde 2022. Em 2024, o registro foi transferido para a Ok Produções e Representações Artísticas LTDA. Em setembro de 2024, Natanzinho Lima falou sobre a confusão dos nomes em entrevista ao Bahia Notícias. “Confundiam bastante nas marcações do Instagram”, contou. Ele adicionou que hoje a confusão diminuiu por causa da maior visibilidade que teve com seus projetos, levando as pessoas a identificarem como “o do brega”. Ele reforçou seu nome real: “Meu nome é Natã mesmo, ‘ah porque quis imitar’, não. É Natã e eu botei Natanzinho Lima”. Na época da entrevista, os dois artistas ainda não tinham se conhecido. O sergipano, no entanto, disse ser um grande admirador do forrozeiro Nattan, chegando a postar vídeos cantando músicas dele. Via Portal ChicoSabeTudo

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Irmão do presidente da Alepe é investigado por chefiar esquema de fraudes em licitações em Pernambuco

Irmão do presidente da Alepe é investigado por chefiar esquema de fraudes em licitações em Pernambuco

O ex-deputado estadual Eduardo Porto está na mira das investigações da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União, que apuram a atuação de uma organização criminosa especializada em fraudes licitatórias em diversos municípios de Pernambuco. Ele é apontado como um dos principais articuladores do esquema desbaratado pela Operação Firenze, deflagrada na última quinta-feira (5). As investigações, iniciadas em 2023, revelam que o grupo teria movimentado aproximadamente R$ 800 milhões em contratos de terceirização de mão de obra entre 2021 e 2024, envolvendo prefeituras e o governo do estado. Desse total, cerca de R$ 214 milhões são oriundos de recursos federais. Eduardo Porto, que é irmão de Álvaro Porto (PSDB), atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), e tio do conselheiro Eduardo Lyra Porto, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), também teve seu filho, Eduardo Porto Júnior, incluído entre os alvos da operação. De acordo com a CGU, a primeira denúncia surgiu a partir de um contrato firmado com a prefeitura de Timbaúba, onde uma empresa do grupo investigado foi contratada de forma supostamente irregular. A apuração revelou que somente empresas vinculadas ao núcleo empresarial do esquema participaram da licitação. O contrato em questão gerou repasses de R$ 39 milhões à empresa investigada nos últimos quatro anos. Ao menos R$ 10 milhões desse montante teriam sido pagos com verbas federais. Há ainda indícios de que parte da movimentação financeira feita pelos envolvidos apresenta características de lavagem de dinheiro. As autoridades seguem aprofundando a análise dos dados coletados, com o objetivo de identificar a totalidade dos envolvidos e o caminho percorrido pelos recursos públicos desviados. Por Pernambuco Notícias

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Mauro Cid afirma que Bolsonaro leu e sugeriu mudanças em minuta golpista, mantendo prisão de Moraes

Mauro Cid afirma que Bolsonaro leu e sugeriu mudanças em minuta golpista, mantendo prisão de Moraes

Durante depoimento ao ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (9), o tenente-coronel Mauro Cid confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve acesso e interferiu diretamente na chamada minuta golpista, elaborada com o objetivo de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022. O documento previa uma série de medidas radicais, incluindo a anulação do pleito e a manutenção de Bolsonaro no poder, apesar da derrota nas urnas. Cid, que atuou como ajudante de ordens na Presidência da República, relatou que Bolsonaro pediu a retirada de trechos que propunham a prisão de autoridades. No entanto, solicitou que fosse mantida a parte que determinava a prisão de Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e atualmente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o militar, o ex-presidente participou de pelo menos duas reuniões em que o conteúdo da minuta foi apresentado. “Em termos de data, não me lembro bem. Foram duas, no máximo três reuniões em que esse documento foi apresentado ao presidente”, disse Cid, sem detalhar exatamente quando os encontros ocorreram. A revelação reforça as investigações em andamento sobre as articulações antidemocráticas ligadas ao núcleo político do governo anterior, que, segundo as autoridades, buscavam alternativas ilegais para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Via Pernambuco Notícias

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TCE-PE multa em R$ 5,4 mil à Prefeitura de Belém do São Francisco por burlar concurso

TCE-PE multa em R$ 5,4 mil à Prefeitura de Belém do São Francisco por burlar concurso

Na 18ª Sessão Ordinária da Primeira Câmara do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), julgou irregular o processo de auditoria especial (nº 24101227-2) sobre a Autarquia Belemita de Cultura, Desportos e Educação de Belém do São Francisco, referente aos exercícios de 2023 e 2024. Segundo o voto do relator, conselheiro Rodrigo Novaes, foi identificada a prática de “pejotização” — ou seja, a contratação de ex-servidores por meio de pessoas jurídicas para exercer funções de natureza continuada, como aulas de Literatura Brasileira, o que caracteriza burla ao concurso público. Diante das irregularidades, o TCE: MPPE recomenda concurso O Ministério Público do Estado de Pernambuco, por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ouricuri, emitiu a recomendação nº 003/2025, direcionada ao prefeito de Santa Cruz, no Sertão de Pernambuco. A recomendação visa garantir a realização de concurso público para preenchimento de cargos efetivos, especialmente nas áreas ocupadas de forma precária ou por contratos temporários reiterados, segundo matéria do site Jaula Cursos. A Prefeitura tem o prazo de 60 dias para adotar as medidas necessárias à deflagração do certame, incluindo o levantamento de cargos vagos e adequações orçamentárias. Também foi solicitado a elaboração de um cronograma detalhado para as etapas preparatórias e executivas do concurso, que deve ser enviado à 1ª Promotoria de Justiça. Via PE Notícias

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Caso Miguel completa 5 anos: mãe critica lentidão da Justiça

Caso Miguel completa 5 anos: mãe critica lentidão da Justiça

Sari Corte Real e Sergio Hacker eram patrões de Mirtes Renata Santan e Marta Maria | Reprodução A próxima terça-feira (dia 10) será mais um dia de emoções especiais para a estudante de direito pernambucana Mirtes Renata Santana, de 38 anos. A ex-empregada doméstica, mãe do menino Miguel, que morreu há cinco anos,da queda de um prédio no Recife (PE) vai apresentar o trabalho de conclusão de curso sobre escravidão moderna. Ela está próxima de se formar e ter mais instrumentos de luta pela própria família e por outras histórias de violência e injustiça. Depois da apresentação do TCC, outra data, marcada de expectativa, é o dia 16 deste mês. O Ministério Público de Pernambuco tem até essa data para se pronunciar sobre as responsabilidades penais da ex-patroa dela, Sari Corte Real, em relação à morte do garoto. O posicionamento do MP é considerado importante pela acusação e defesa antes do veredito dos desembargadores do Tribunal de Justiça daquele Estado. Sari foi condenada inicialmente a oito anos e seis meses de prisão. Em novembro de 2023, a pena foi reduzida para sete anos. Como cabem recursos à decisão, a ex-patroa continua em liberdade. Pena por abandono de incapaz com resultado morte foi reduzida de 8 anos e meio para 7 anos de prisão em regime fechado Abandono e morteO caso chocou o país. Naquele 2 de junho de 2020, em plena pandemia, a creche de Miguel estava fechada. Por isso, ele teve que ir com a mãe para o trabalho dela, no apartamento de Sari Corte Real, em uma torre de luxo no centro do Recife. A patroa ficou incomodada com os pedidos do menino para ficar com a mãe, que tinha recebido ordem para passear com o cachorro da casa. Segundo as imagens do circuito interno do prédio, o menino foi deixado sozinho por Sari dentro do elevador. Ele subiu para a área da cobertura, e foi de lá que ele caiu. Miguel chegou a ser atendido, mas não resistiu aos ferimentos. Durante a última semana, foi feito um ato em frente ao local da morte do menino. “Morosidade”Enquanto está vidrada nos estudos para apresentação da decisiva etapa universitária, Mirtes, que trabalha durante o dia em função de assessoria na Assembleia Legislativa, também não descola o olhar sobre o andamento do processo, o que considera “moroso” e “racista”. Ela acredita, inclusive, que o caso só terá uma conclusão depois que chegar ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. “O que vem acontecendo hoje é um absurdo. O Tribunal de Justiça de Pernambuco está beneficiando a Sari. Está dando a ela o privilégio de seguir a vida como se nada tivesse ocorrido”, lamentou, em entrevista à Agência Brasil. Entre as queixas, Mirtes cita que a ex-patroa, mesmo condenada, conta com privilégios de não ter o passaporte apreendido e não atualizar informações sobre o endereço de residência. Mirtes ficou inconformada ao saber que, inclusive, Sari está cursando medicina. PesquisaMirtes acompanha com olhos críticos cada parte do processo, principalmente depois que ingressou no curso de direito. Mergulhou nos livros e atravessou madrugadas para entender como a legislação brasileira poderia fazer Justiça. Uma das descobertas foi a consciência sobre a exploração que sofreu. A dura experiência profissional e pessoal a levou a estudar no trabalho final a vida e direitos das empregadas domésticas. “Eu estou falando sobre trabalho escravo, contemporâneo e direitos fundamentais. Faço uma análise da proteção constitucional brasileira com foco nas trabalhadoras domésticas”, afirmou. O caminho do curso de direito não era exatamente o que sempre sonhou, mas identifica que foram as circunstâncias que a levaram para a sala de aula. No ano que vem, o objetivo é ser aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Mirtes lamenta também que o processo trabalhista, que demanda indenização para ela, no valor de R$ 2 milhões, foi suspenso. Em 2023, após o julgamento de duas apelações, tanto a acusação quanto a defesa apelaram. “Pedimos também a retenção de passaporte, mas o juiz de primeiro grau já negou”, diz a advogada. Marília explica que o julgamento aguarda a juntada de argumentos das duas partes e também do Ministério Público. Após isso, o tema seguirá para decisão do Desembargador Eudes Franco. “Ele deve pautar os embargos para julgamento colegiado”, afirma. A acusação espera que haja aumento de pena. A execução da prisão ocorre depois de esgotados os recursos. “Mirtes é uma mulher que clama por essa justa reparação do Estado brasileiro. Queremos que a Justiça haja de forma imparcial”. EmbargosO Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou, durante a semana, que a defesa de Sari Mariana Costa Gaspar Côrte Real interpôs embargos de declaração contra o último acórdão da Terceira Câmara Criminal que julgou as apelações. “Enquanto os processos estiverem no Recife, não serão resolvidos”, critica. “É muito importante para a gente que seja aumentada a pena. Se a pena for menor, ela tem possibilidade de angariar benefícios”. Uma das assistentes de acusação, a advogada Marília Falcão, considera o caso emblemático e com tratamento desigual entre as partes. Para ela, há morosidade já que a defesa encaminhou uma série de recursos. “A gente pede um aumento de pena e também a retirada de pontos contraditórios da sentença”. A decisão do juiz José Renato Bizerra incluía a possibilidade de investigar a mãe e a avó do menino por possíveis maus tratos.” “Atualmente, o processo encontra-se na Diretoria Criminal para cumprimento de determinações do relator dos recursos de apelação, desembargador Cláudio Jean Nogueira Virgínio, proferidas no dia 12 de maio de 2025.”O TJPE explicou que, após efetivadas as diligências necessárias, o processo seguirá para o Gabinete do desembargador Eudes dos Prazeres França, enquanto relator dos recursos de embargos de declaração interpostos pela ré e pela assistente de acusação. Advogado de defesa, Célio Avelino explica que trabalha pela absolvição de Sarí Corte Real, em vista de que, segundo seus argumentos, o caso foi um acidente. Ele também acredita que o caso chegará ao STJ. “Cada desembargador votou de uma maneira diferente. A gente queria

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Governo suspende produção de fabricante da Coca-Cola por possível contaminação de bebidas

Governo suspende produção de fabricante da Coca-Cola por possível contaminação de bebidas

O governo anunciou nesta quarta-feira (4) a suspensão da produção em uma unidade da segunda maior fabricante de produtos da Coca-Cola no país, devido a uma possível contaminação. Toda a produção que pode ter sido alterada será mantida na unidade da empresa Solar no Ceará enquanto autoridades analisam as amostras, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que ressaltou que não há risco para a população. Segundo ele, cerca de 9 milhões de litros de bebidas foram retidos. A paralisação foi determinada na noite de ontem, após serem detectados componentes do refrigerante no líquido de resfriamento. Diante do temor de o líquido ter se misturado com a bebida, o governo interrompeu a produção no local e ordenou uma análise. “O resfriamento no processo dessa indústria é com etanol alimentício e água, então não há risco para a população. Mas, de forma preventiva e eficiente, suspendeu-se a produção”, informou Fávaro em entrevista coletiva. A Solar e a Coca-Cola Brasil confirmaram em comunicado conjunto a paralisação da unidade. “Estamos conduzindo testes rigorosos para comprovar a total segurança dos nossos produtos.” A Solar é a segunda maior fabricante de bebidas da Coca-Cola no Brasil, segundo o site da empresa. Se os testes de contaminação derem negativo, ela poderá retomar sua produção na unidade e as bebidas retidas poderão ser comercializadas, esclareceu o ministro. Via Blog do Elvis

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PGR pede prisão preventiva de Carla Zambelli após ida para a Europa

PGR pede prisão preventiva de Carla Zambelli após ida para a Europa

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que deixou o Brasil após ser condenada pela Corte a 10 anos de prisão. Após a manifestação da PGR, caberá ao STF decidir sobre a prisão. Zambelli afirmou que deixou o Brasil e está na Europa nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Auriverde. Segundo a parlamentar, sua saída do país ocorreu inicialmente para tratar um problema de saúde. No entanto, ela também alegou estar sendo alvo de “perseguição judicial”, após ter sido condenada. O advogado de Zambelli, Daniel Bialski, confirmou que foi informado da viagem, e disse que ela deixou o país “para dar continuidade a um tratamento de saúde”. Ele disse que, “por motivo de foro íntimo”, deixou a defesa da deputada. Apesar de ter tido o passaporte apreendido em 2023, o documento foi posteriormente devolvido pelo STF. Zambelli deixou o país antes da conclusão do julgamento de todos os recursos contra sua condenação, que pode resultar em prisão e na perda do mandato parlamentar. A sentença foi motivada por seu envolvimento em invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram responsáveis por elaborar e inserir diversos documentos falsos no sistema do CNJ. Entre eles, um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes, redigido como se tivesse sido assinado pelo próprio magistrado. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão, vinculado ao CNJ. Via Didi Galvão

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