A energia solar é a segunda maior fonte de produção energética do país em 2023, segundo a Aneel. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica apontam que a fonte solar fotovoltaica atingiu a marca de 23,9 gigawatts de potência operacional instalada no Brasil, o que representa 15% da potência instalada, atrás apenas da matriz hídrica, com 109 gigawatts, 51% do total. Dentro deste mercado, a Trinity Energias Renováveis, geradora, gestora e comercializadora de energia independente, está anunciando a expansão para o Nordeste com a instalação de 15 usinas em três estados diferentes: Pernambuco, Ceará e Bahia. O investimento é de R$300 milhões para atender a demanda crescente que o setor apresenta.
As cidades de Trairi, Baturité, Senador Pompeu, Jaguaruana, Morada Nova e Várzea Alegre no Ceará; Irecê e Morro do Chapéu, na Bahia; Sairé, Itaquitinga, Petrolândia e Petrolina, no Pernambuco, serão contempladas com a instalação das usinas fotovoltaicas. A previsão de entrega de todas as unidades é até o final do ano que vem. As usinas solares fazem parte dos projetos da empresa para alcançar os 100MWp até 2025.
Os municípios de Itaguaí, Seropédica e Vassouras, no Rio de Janeiro, e de Bom Sucesso e Mateus Leme, em Minas Gerais, além de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, já são contemplados com usinas da Trinity. Juntas, as cidades somam 14.752 residências atendidas pela geração de energia elétrica.
Vale destacar que as usinas costumam ser construídas em fazendas ou em espaços livres e que estejam próximos às unidades consumidoras, visto que precisam operar sobre a mesma concessionária. Em média, são 15 hectares por projeto para uma instalação de 11 mil placas fotovoltaicas. “Em nosso modelo de negócio, construímos a usina e fazemos a locação da mesma para um único cliente. Por exemplo, para as 15 unidades do Nordeste, já temos demanda de empresas da região”, destaca o CEO, João Sanches.
Além do Nordeste, a Trinity também quer focar os olhos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e mirar, em um futuro mais distante, na geração de energia renovável por outra fonte: a eólica. “Estamos estudando essa possibilidade”, afirma.
Entrada no Varejo
Antes da expansão do mercado livre, consumidores com cargas superiores a 500 kW, de média ou alta tensão, como indústrias, poderiam comprar energia elétrica de qualquer supridor, normalmente, contas de luz superiores a R$ 50 mil. Agora, consumidores pertencentes ao chamado “mercado cativo” de energia, como comércios e pequenas indústrias conectadas em média ou alta tensão, também podem optar pela escolha do fornecedor independente da potência contratada ou valor da fatura “Com a abertura, a Trinity passa a oferecer economia de 20 a 30%, dependendo de cada caso, para seus clientes. É uma margem muito significativa quando tratamos de oferecimento de energia renovável com economia”, pontua João Sanches.
Para 2024, a Trinity poderá negociar no mercado livre de energia e pelo menos 100 mil novas empresas estarão aptas a usar este produto. “Clientes que não podíamos adicionar no nosso portfólio anteriormente, agora, serão foco total da empresa. Com isso, já estamos prospectando novos clientes para essa modalidade e esperamos que até 2025, nós consigamos aumentar em 300% nossa carteira”, diz o CEO. A empresa, que registrou um faturamento de R$1,5 bilhão em 2021 e R$ 1,65 bilhão em 2022, já se programa para chegar a R$ 2 bilhões até o final de 2023.
Outro fator importante é que a Trinity disponibiliza em seu site uma análise de viabilidade automática para o cliente que busca identificar se este mercado é vantajoso para ele ou não. Por meio da viabilidade, a pessoa carrega uma fatura de energia e o cálculo em cima desta conta é realizado. Desta forma, a equipe comercial da Trinity, com acesso à simulação feita, entra em contato com o possível cliente para alinhar os requisitos básicos para a entrada no mercado livre. “Em breve, o consumidor também terá acesso imediato, pelo sistema, aos dados da economia gerada para ele dentro do mercado livre de energia”, conclui João Sanches, CEO da Trinity.
Por BA de Valor