20/05/2025 10:52

Sindagro relata ao governador crise em agência de fiscalização agropecuária

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O Sindicato dos Servidores da Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco – Sindagro enviou um ofício ao governador Paulo Câmara no qual relata a situação crítica na qual se encontra a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro), órgão da Secretaria de Agricultura chefiada pelo deputado estadual licenciado  Claudiano Filho.

No documento, a entidade de classe pede providências no sentido de solucionar os graves problemas que tem impedido o órgão de realizar a contento as ações de controle de doenças transmitidas por alimentos de origem animal e de contaminações de agrotóxicos em hortifrútis.

Em comunicado distribuído aos associados, o Sindagro informa o envio do ofício ao governador e faz um resumo das reivindicações apresentadas no documento entregue ao executivo estadual.

Entre os problemas relacionados está a impossibilidade do atendimento pleno das demandas operacionais do órgão tendo em vista que o atual quadro de servidores encontra-se “extremamente reduzido”. Em razão disso, o Sindicato pede a nomeação dos candidatos aprovados no concurso de 2018.

O Sindagro destaca ainda que a Adagro, devido a total ausência de investimentos, encontra-se com sua frota de veículos sucateada, estrutura física precária e carente de equipamentos básicos para funcionamento como computadores, impressoras e celulares.

Além disso, o sindicato reclama que, desde 2014, os servidores não receberam nenhum reajuste salarial ou reposição de perdas inflacionárias e cobram o retorno das discussões sobre implantação da nova proposta de Reestruturação do “Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos – PCCV”.

Também consta do documento a denúncia de “indícios claros da existência de ingerência de terceiros sobre as atividades técnicas e administrativas da Adagro, prejudicando e fragilizando…a nossa instituição”.

Segundo a comissão de aprovados no concurso de 2018 da Adagro, as dificuldades operacionais ocasionadas pela falta de pessoal relacionadas pelo Sindagro podem ser confirmadas por um estudo técnico elaborado pela própria agência de fiscalização e encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco por meio de ofício assinado pelo presidente da autarquia Paulo Roberto de Andrade Lima.

Os concursados afirmam que o estudo informa que “o número já deficitário e a aposentação de servidores efetivos forçou o fechamento gradativo de vários escritórios, barreiras fixas sanitárias e feiras agropecuárias no Estado”.

Além disso, a comissão destaca que o documento, reiteradas vezes, ressalta os riscos ocasionados pela insuficiência de pessoal. No caso do monitoramento de resíduos de agrotóxicos em hortifrutigranjeiros, os quais são comercializados no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco – Ceasa e em supermercados, por exemplo, o documento afirma: “Todas estas inspeções encontram-se com demanda reprimida”.

Os concursados afirmam ainda que, igualmente grave, é o trecho do documento que trata do controle de doenças como mormo, infecção que acomete os equinos e que pode ser transmitida para humanos: “Diante do quadro reduzido não estamos cumprindo os prazos de atendimento à notificação e sacrifício dos animais positivos, existentes nas legislações”, registra.

O estudo revela que o mesmo acontece com o controle sanitário da tuberculose e brucelose, doenças comuns aos bovinos que podem ser transmitidas às pessoas por meio do consumo de leite e queijos.

Os concursados afirmam ainda que, no ofício que acompanha o documento enviado ao Ministério Público, o presidente da Adagro, Paulo Roberto de Andrade Lima, destaca que o estudo “aponta a urgente necessidade de nomeação dos aprovados no concurso público…bem como, os prejuízos econômico-financeiros resultantes da carência de pessoal técnico especializado para a execução das atividades inerentes a Adagro”.

Via PE Notícias


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