Um
homem de 51 anos morreu após ser atacado por um tubarão, neste sábado
(10), na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.
Marcelo Rocha Santos chegou sem vida ao Hospital da Restauração (HR),
na área central da capital pernambucana.
Desde
1992, quando começaram a ser registrados os ataques no litoral
pernambucano, foram notificados outros 65 incidentes com tubarão. Os
dados são do Comitê Estadual de Monitoramento (Cemit). Ao todo, houve 25
outras mortes, nesse período.
O ataque
deste sábado ocorreu na área conhecida como Igrejinha de Piedade, onde
já tinham acontecido outros 12 casos. No local, há um posto de
guarda-vidas.
A vítima teve lesões graves na coxa e em uma das mãos, que foi amputada, de acordo com os bombeiros.
Vídeos
enviados pelo WhatsApp mostram o homem caído na areia da praia, bem
perto do mar. Havia policiais militares e muitos curiosos em volta. As
imagens são fortes e é possível observar os ferimentos no corpo da
vítima do ataque. A morte foi confirmada pela assessoria de comunicação
do HR, no início da tarde deste sábado.
Testemunha
do ataque, o mecânico Edriano Gomes afirmou que a vítima estava bebendo
com amigos. Por volta das 14h o homem entrou na água. O tempo tinha
ficado nublado e a maré estava enchendo.
Quando o tubarão atacou, segundo Edriano Gomes, havia apenas uma outra pessoa no mar, além da vítima. “Era
um amigo meu que estava no mar com a pessoa que foi atacada. De
repente, ele viu o homem se debatendo. Havia muito sangue na água“, contou.
O vidraceiro
Ademir Sebastião da Silva estava na água ao lado do do homem que foi
atacado pelo tubarão. Ele contou que viu a vítima cambaleando e a água
suja de sangue.
“Como a praia não tem banheiro, entrei no mar para fazer xixi. Estava ao lado ele, com água na altura da cintura”, afirmou.
Ademir disse, ainda, que os amigos de Marcelo Rocha puxaram ele para areia. “Ele já caiu desacordado”, declarou.
O vidraceiro contou também que ficou desesperado com a situação. “Poderia ser comigo. Foi livramento de Deus. Se eu estivesse mergulhando ou demorasse mais na água, poderia ter sido atacado”, afirmou.
Do G1