Dezenas de estudantes e profissionais de ao menos duas escolas estaduais passaram mal, foram socorridos e levados para unidades de saúde nesta sexta-feira (1º), em Paulista, no Grande Recife, e em Jaqueira, na Zona da Mata. Nas duas escolas, as aulas foram suspensas.
As pessoas sentiram náuseas e vomitaram. Até a noite desta sexta, ao menos, 42 pessoas apresentaram sintomas nas duas cidades, segundo informações das gestões municipais.
Os casos foram registrados na Escola Professora Maria Alves Machado, em Maranguape II, em Paulista, e na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Miguel Pellegrino, em Jaqueira.
“Ela disse que está com muita dor de estômago, dor de cabeça e vomitando muito. Também temos um vizinho que estuda na mesma escola e tem os mesmos sintomas. Ela disse que, logo depois de comer, alguns meninos começaram a vomitar. A escola ficou toda suja de vômito. Decidimos levá-la para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jardim Paulista”, disse.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer estudantes em Paulista e registrou o caso como “intoxicação exógena”. Ao menos três ambulâncias foram encaminhadas ao local.
O g1 teve acesso a um comunicado enviado pela gestão aos pais e responsáveis de alunos dessa escola. A mensagem afirma que houve “motivo de clima escolar e instabilidade ocasionado por mal estar de alguns estudantes a ser averiguado”. Disse, também, que órgãos responsáveis foram comunicados para fazer análise.
A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) disse que está investigando os dois casos e que as nutricionistas das Gerências Regionais de Educação (GREs) responsáveis pelas escolas foram acionadas para verificar a merenda.
Em Paulista, a SEE disse que não foram encontradas irregularidades e, além disso, parte dos socorridos não teria se alimentado da merenda. Em Jaqueira, a secretaria informou que uma inspeção é realizada para verificar “uma possível irregularidade”.
Nas duas escolas, a SEE disse que as caixas d’água e os bebedouros estão com a manutenção em dia e que a análise dos alimentos é feita regularmente pelas equipes de nutrição.
Por fim, a secretaria afirmou que vai marcar reuniões com os familiares e responsáveis pelos estudantes e programar a reposição das aulas perdidas para não prejudicar o calendário letivo.
Do G1/PE