13/03/2025 9:48 PM

Paulo Afonso decreta situação de emergência por conta das fortes chuvas

Considerando as fortes chuvas que caíram nos últimos dias no município, a Prefeitura de Paulo Afonso decretou situação de emergência por meio do Decreto nº 6.504. O documento enfatiza a medida está sendo tomada, considerando que a magnitude do desastre atingiu a classificação de nível II, fazendo com que superasse a capacidade de gerenciamento pelo poder público municipal, comprometendo a sua capacidade de resposta, necessitando de aportes de recursos dos entes estadual e federal, além dos recursos do município; No decreto estão previstas, entre outras medidas, autorização de mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Coordenação Municipal de Proteção e Defesa Civil, nas ações de resposta ao desastre e reconstrução das áreas afetadas, bem como a convocação de voluntários e a realização de campanhas de arrecadação de recursos para reforçar as ações de resposta ao desastre, com o objetivo de assistir a população afetada pelo desastre, sob a Coordenação Municipal de Proteção em Defesa Civil. O decreto tem validade 180 dias, a partir da data da sua publicação. Via PA4/Ozildo Alves

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Sem chuvas, hidrelétricas poderão estar com a metade da capacidade em abril, diz ONS

O Operador Nacional do Sistema (ONS) ligou o sinal de alerta para este ano. Depois do pior janeiro de chuvas da série histórica – com menor incidência do que o esperado – e recordes de demanda de energia, por causa do calor acima da média, o diretor-geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi, estima que os reservatórios das hidrelétricas devem chegar pela metade ao período “seco”, normalmente a partir de abril.

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Alerta de chuva para Grande Recife, zona da mata e Sertão

A Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), emitiu alerta de chuva forte e moderada para algumas regiões do estado. Segundo a APAC, os sertões de Pernambuco e São Francisco poderão registrar pancadas de chuva com intensidade moderada a partir da noite desta sexta-feira, 9. A mesma previsão é válida para o sábado (10).

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Desastre das chuvas em Pernambuco completa um ano com 134 mortes e nenhuma responsabilização

A definição de chuva não traz, em si, uma relação com um desastre. É um fenômeno natural, incontrolável. Mas, em Pernambuco, virou o prenúncio da tragédia. Como há exato um ano, em 28 de maio de 2022, o ápice do que se tornaria o maior desastre urbano do século no Estado – com 134 mortes sem nenhuma responsabilização. A madrugada de precipitação intensa escancarou a desigualdade social da Região Metropolitana do Recife. Do alto dos apartamentos, via-se, pelas televisões, as imagens das populações ribeirinhas sendo inundadas e dos morros das cidades indo abaixo. Cenas que, de tão chocantes, foram parar no noticiário nacional e internacional. Mas não foi uma surpresa; ou não deveria ter sido. Meses antes, a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) havia previsto que a precipitação seria mais intensa que o normal durante o período chuvoso no litoral do Estado – que ocorre entre abril e julho. Mesmo assim, o poder público não preparou uma estrutura de alerta e acolhimento. Então, a previsão se cumpriu, e o desalento veio. Só no Recife, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) calculou que chegou a chover 551 milímetros durante cinco dias – 140 milímetros a mais que a média do mês de maio. Com isso, mais de 130 mil pessoas foram afetadas no Estado – entre mortos, desabrigados, desalojados e gente que perdeu tudo o que tinha pelos alagamentos dentro de suas casas. Abrigos improvisados foram criados, às pressas, para direcioná-los. As quedas de barreiras deixaram 123 vítimas em Jaboatão dos Guararapes (62), Recife (50), Camaragibe (7), Olinda (3) e Limoeiro (1), situadas em áreas de risco. Outros nove cidadãos morreram afogados em Olinda (3), Recife (2), Jaboatão (2), Paulista (1), Iati (1), mais um foi eletrocutado, em Jaqueira, e outro foi vitimado por um desabamento, em Bom Conselho. Consequências que chegaram a uma parcela da população de classe social, raça e localização definida. O dossiê popular “Uma tragédia anunciada”, lançado no último ano por diversas organizações sociais, revelou que 60% das áreas mais atingidas foram favelas ou assentamentos precários cuja população é majoritariamente negra (84%). Atingidas, sobretudo, pelo déficit habitacional de Pernambuco, que leva 207 mil pessoas (13,4% da população) a viverem em áreas de risco no Recife e 188 mil (29,2%) em Jaboatão – não por escolha, mas pela falta. “É um ciclo de vulnerabilidade que se repete e é imposto a pessoas, e que se soma a diversas outras situações que são violações de direitos humanos”, definiu Mohema Rolim, gerente de programas da Habitat pela Humanidade Brasil. E se a prevenção ou a solução não foi feita pelos altos custos, estes vieram após as chuvas. O Governo de Pernambuco desembolsou R$ 142,8 milhões a serem distribuídos a 98 mil famílias que perderam bens durante as chuvas e ganharam R$ 1,5 mil cada. Outras também foram incluídas em programas de auxílios-moradia municipais – que não passam de R$ 300 mensais. São valores que, sobretudo, não bancam o preço alto da negligência urbana, nem tira ninguém do risco. Por isso, relembrar a tragédia, neste domingo (28), é impedir que as vidas perdidas, os sonhos interrompidos e o luto não processado de famílias ainda em vulnerabilidade sejam jogados ao acaso. E, pelos 134 mortos, jamais deixar que predomine a narrativa de que as perdas foram acidentes. Via PE Notícias

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