A Polícia Federal apontou Alexsander Moreira, funcionário do Ministério da Educação (MEC), como um dos suspeitos de envolvimento no suposto esquema de fraude na compra de kits de robótica para escolas de Alagoas. A informação foi antecipada pela Folha de São Paulo e confirmada pelo Metrópoles.
Ele é um dos alvos da PF, que cumpriu nessa quinta-feira (1°/6), mandados de prisão e de busca e apreensão contra investigados no caso. Aliados do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também foram alvos da operação.
Na gestão de Jair Bolsonaro, Alexsander Moreira era coordenador-geral de Apoio às Redes e Infraestrutura Educacional, área que atua no sistema de transferências de recursos de onde saiu o dinheiro para a compra dos kits. Ele foi exonerado da pasta na quinta, mesmo dia da operação da PF.
As autoridades identificaram movimentações financeiras suspeitas de R$ 737 mil, sendo parte do valor depositada em espécie, entre outubro de 2021 e novembro de 2022. As suspeitas começaram em municípios de Alagoas, com aquisições assinadas todas pela mesma empresa, a Megalic, pertencente a aliados de Lira.
As fraudes e o superfaturamento, segundo a CGU, geraram prejuízo aos cofres públicos de R$ 8,1 milhões, além de sobrepreço, com fraude que pode chegar a R$ 19,8 milhões — em relação às despesas até então analisadas. Durante a operação, os policiais encontraram R$ 4 milhões em dinheiro que estavam em um cofre de um dos alvos de Alagoas.
Por Metrópoles