A restauração que ninguém nunca viu de Maria Bonita
A baiana Maria Gomes de Oliveira era chamada desde a infância de Maria de Déa, em referência a sua mãe. Nem a família nem o bando de Lampião a tratavam por Maria Bonita, apelido que só se difundiu após sua morte. Há algumas versões sobre a origem desse nome. Uma delas diz que se tratou de invenção dos repórteres dos jornais do Rio de Janeiro, possivelmente inspirados no filme Maria Bonita, lançado em 1937 e baseado na obra de mesmo nome de Afrânio Peixoto, de 1921. Outra, que teria sido dado por soldados que se impressionaram com a beleza da cangaceira quando ela foi morta em 28 de julho de 1938. Em 2006 a Prefeitura de Paulo Afonso restaurou a casa de infância de Maria Bonita, instalando o Museu Casa de Maria Bonita no local. Veja o vídeo: Biografia Origem Filha de Maria Joaquina Conceição de Oliveira, conhecida como Dona Déa, e de José Filipe Gomes de Oliveira, Maria nasceu e cresceu em uma família humilde, no povoado de Malhada da Caiçara, que atualmente se localiza no município Paulo Afonso,[4] na época pertencente ao município de Santo Antônio de Glória, atualmente conhecido como Glória, no sertão baiano.[4] Primeiro Casamento Aos quinze anos, em um matrimônio arranjado pelas famílias, casou-se com seu primo, o sapateiro Zé de Neném.[5] O relacionamento era conturbado, e Maria sofria em um matrimônio infiel, com constantes agressões do marido alcoólatra. Maria era espancada sempre que contestava as atitudes adúlteras do marido. Por vingança, passou a trair o marido com diversos homens. Um dia, seu matrimônio ruiu de vez, quando Virgulino Ferreira da Silva entrou em sua vida, tendo-se verdadeiramente apaixonado por ele, formando um triângulo amoroso.[carece de fontes] União com Lampião e Ingresso no Cangaço Em 1929, ainda casada, tornou-se a amante de Virgulino Ferreira da Silva, conhecido também como o Lampião. Nesse mesmo ano, decidiu fugir com ele, para fazer efetivamente parte do bando de cangaceiros, assim se tornando a mulher de Lampião, com quem viveria por nove anos. Entre o bando, Maria começou a ser chamada de Maria da Déa, ou Maria do Capitão, e assim a nova cangaceira aprendeu cada lei do bando.[carece de fontes] Conhecida por sua beleza e personalidade forte, diferentemente de todas as outras mulheres do cangaço, Maria nunca foi abusada pelos cangaceiros, e tinha diversas regalias. Andava com vestidos de seda, luvas com estampas florais, sandálias e botas de cano curto. Também usava joias caras, broches, portava moedas de prata e enfeites de ouro decoravam seus cabelos. No pescoço e nos pulsos, usava o mesmo perfume francês que Lampião. Quando estava ao lado do marido nos campos de batalha, vestia botas de couro e roupas de algodão.[carece de fontes] A vida no cangaço era difícil, onde passavam bastante necessidade, e viviam escondendo-se. A realidade do cangaço também era cercada de muitas superstições. Quando o assunto era manter relações sexuais com as próprias cangaceiras, os homens tinham algumas exigências e rituais. Por exemplo, Maria não poderia deitar-se com Lampião às sextas-feiras. O ato também não era permitido nas vésperas da fuga para um novo esconderijo. Antes de qualquer ato sexual, entretanto, as mulheres deveriam banhar-se. Uma porção da água do rio era guardada apenas para que elas fizessem a limpeza íntima. Em um movimento contrário, os homens, por vezes, não se lavavam, e até transmitiam doenças sexualmente transmissíveis, adquiridas nos cabarés da região. Agora, quando o ato sexual realmente acontecia, as superstições eram levadas muito a sério. Na noite do ato, os cangaceiros tiravam seus colares de orações. Lampião mesmo carregava oito deles — além de um crucifixo de ouro puro.[carece de fontes] Constantemente traída por seu companheiro, Maria tinha diversas crises de ciúmes de Lampião, mas o cangaceiro tratava sua esposa com paciência e carinho. Em 1931, inclusive, os dois viajaram para uma fazenda, a fim de desfrutar da lua de mel que nunca tiveram. Para a jovem cangaceira, no entanto, aquilo não era o suficiente. Diversos relatos afirmam que Maria, por vingança, iniciou um caso extraconjugal com João Maria de Carvalho, um comerciante. Do amante, ela ganhava sapatos, roupas e outros presentes, e Lampião jamais desconfiou, ou Maria pagaria com sua própria vida.[carece de fontes] Logo depois de sua lua de mel na fazenda, Maria engravidou. Comprovadamente ela teve uma filha com Lampião, batizada como Expedita Gomes de Oliveira Ferreira,[6] a única reconhecida legalmente,[7] que sob as regras do cangaço, foi entregue para ser criada por um casal de amigos vaqueiros. Saudosa pela filha perdida, Maria amarrou um pano em seus seios cheios de leite para que eles não vazassem mais.[carece de fontes] Existem, porém, dúvidas sobre o parentesco dos supostos gêmeos Arlindo e Ananias Gomes de Oliveira. Ambos até então considerados filhos de Maria Bonita e Lampião. Outras fontes afirmam que eles eram, na verdade, irmãos caçulas de Maria. Morte Em 28 de julho de 1938, quando os cangaceiros estavam acampados na Grota de Angicos, em Poço Redondo, no Sergipe, o bando foi atacado de surpresa pela polícia armada oficial, conhecida como volante. Eles foram mortos a tiros e posteriormente, degolados.[6] Maria, tentando fugir, foi baleada duas vezes: uma no abdômen e outra nas costas, e logo em seguida foi decapitada viva por José Panta de Godoy, o mesmo que lhe deu os tiros. Nessa hora, com a cabeça separada do corpo, recebeu o apelido de Maria Bonita.[carece de fontes] Representações na cultura popular Nome A baiana Maria Gomes de Oliveira era chamada desde a infância de Maria de Déa, em referência a sua mãe. Nem a família nem o bando de Lampião a tratavam por Maria Bonita, apelido que só se difundiu após sua morte. Há algumas versões sobre a origem desse nome. Uma delas diz que se tratou de invenção dos repórteres dos jornais do Rio de Janeiro, possivelmente inspirados no filme Maria Bonita, lançado em 1937 e baseado na obra de mesmo nome de Afrânio Peixoto, de 1921. Outra, que teria sido dado por soldados que se impressionaram com a beleza da cangaceira
Mulher encontrada morta, amordaçada e com as mãos amarradas após marcar encontro com desconhecido
Homicídio foi registrado nesta última terça-feira (24), em Santa Cruz do Capibaribe, agreste de Pernambuco. A vítima foi uma mulher de 29 anos, encontrada amordaçada e com as mãos amarradas. O corpo de Roseane Alves Cavalcanti foi localizado dentro de uma casa e provavelmente foi morta por asfixia e estrangulamento. O portão do imóvel foi arrombado por familiares, que após encontrarem o corpo acionaram a polícia. Roseane teria marcado encontro com um homem desconhecido. O caso já está sendo investigado pela Polícia Civil de Santa Cruz do Capibaribe. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal IML – de Caruaru. Por Pernambuco Notícias
Milho do São João: preços vão subir até 20% este ano em Pernambuco; entenda
Com a proximidade das festas juninas, aumenta a procura pelo milho verde em Pernambuco. Seja cozido, assado ou usado como ingrediente em várias comidas típicas, o milho não pode faltar. A safra vai ser boa esse ano, com produção maior do que a de 2021 e qualidade também. O que vai assustar um pouco são os preços, porque a inflação também atingiu “o rei do São João”. A mão de milho, com 50 espigas, vai custar em torno de R$ 35 e R$ 40, enquanto em 2021 era vendida por R$ 30. O Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE) espera comercializar 13 milhões de espigas de milho em junho deste, um volume 8% superior ao de 2021. O diretor técnico-operacional do Ceasa, Paulo de Tarso, explica que os preços da mão de milho vão subir este ano pressionados por uma série de aumentos na cadeia produtiva. “Esse aumento se deve a vários fatores, como altos custos de produção e logística, que aumentaram demasiadamente este ano. Alguns exemplos foram sementes, com alta de 33%; fertilizantes, com reajuste de 157%; frete, com elevação de 56% (graças ao salto do diesel nas refinarias da Petrobras) e mão de obra, com aumento de 35%”, detalha Tarso. Mesmo com o avanço nos preços, a expectativa é que a comercialização aumente, estimulada pelo fim do período mais crítico da pandemia da covid-19 e da possibilidade de realizar festas. O milho verde tem uma importância tão grande no São João de Pernambuco, que O Ceasa-PE criou dias especiais de venda só para o produto. Conhecido como Plantão do Milho, o evento já faz parte do calendário de comércio do Ceasa. A proposta é que o pátio do milho funcione 24 horas para oferecer um horário elástico de atendimento aos compradores, nos dias que antecedem as festas juninas. Este ano, o Plantão do Milho começa no dia 13 de junho, a partir das 6h, e segue até às 18h do dia 23 (véspera de São João). A abertura 24h é exclusiva para a compra e venda de milho verde. De acordo com o Ceasa, o Plantão do Milho é uma iniciativa para ajudar produtores, comerciantes e compradores a aproveitarem o horário estendido do comércio. “É um período muito importante para a economia Estado, por isso temos que ter uma atenção especial”, conclui Tarso. Produção Das 13 milhões de espigas de milho que o Ceasa deverá comercializar este ano, 80% são produzidas no interior de Pernambuco. O Estado é quase autossuficiente quando se fala no produto. Além da produção local, o milho também vem de Estados vizinhos como Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. “Em Pernambuco, a produção vem de municípios da Zona da Mata e do Agreste, como Gravatá, Chã Grande, Barra de Guabiraba, Bonito, Passira, Ibimirim, Lagoa do Itaenga, Agrestina, Vitória de Santo Antão e outros”, enumera Tarso. Chuvas e o Milho Faltando um mês para a festa de São João, a pergunta que se faz é se essas chuvas que estão caindo agora, com constantes alertas meteorológicos da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vão prejudicar a colheita. Quem entende do assunto diz que não. Nesta época do ano, parte do milho já foi colhido e o restante começa a chegar ao mercado no final da primeira quinzena de junho. Municípios da Zona da Mata e do Agreste de Pernambuco produzem milho, mas ainda recebemos produção de Estados vizinhos, como Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. O diretor Técnico-Operacional do Ceasa, Paulo de Tarso, explica que as chuvas não deverão prejudicar o resultado da colheita. “Até o momento, as chuvas não estão atrapalhando a colheita do milho. Isso porque a maior parte da colheita acontecerá a partir do dia 10 de junho, onde o consumo aumenta bastante em função dos festejos juninos”, destaca. Via PE Notícias