A primeira coleção oficial da Nike de Tênis no formato de NFTs para uso no metaverso movimentou mais de R$ 53 milhões (3.700 ETH) uma semana após seu lançamento oficial.
Até agora, o valor mais alto que alguém se dispôs a pagar para equipar seu avatar com um sneaker digital da coleção “RTFKT x Nike Dunk Genesis CRYPTOKICKS” foi 45 ETH, aproximadamente R$ 645.000 na cotação de hoje.
Item da coleção RTFKT x Nike Dunk Genesis CRYPTOKICKS. Fonte: OpenSea
O preço recorde pode aumentar ainda mais em breve, haja visto que há itens da coleção sendo vendidos por até 200 ETH – o equivalente a aproximadamente R$ 2,9 milhões.
Atualmente, o preço-base de um NFT da coleção “RTFKT x Nike Dunk Genesis CRYPTOKICKS” é 2 ETH (aproximadamente R$ 28.000). Ou seja, um tênis da Nike para utilização no metaverso é mais ou menos 100 vezes mais caro do que um tênis real que pode ser usado no dia a dia.
Os tênis da coleção podem ser incrementados com novas combinações de cores e acessórios através da aquisição de NFTs de uma coleção lançada em paralelo. Ao combinar o NFT original com um NFT da coleção “RTFKT SKIN VIAL: EVO X”, os usuários obtêm itens mais raros, visualmente mais rebuscados, e, consequentemente, mais valiosos.
Os “skins” da “RTFKT SKIN VIAL: EVO X” custam a partir de 1 ETH (aproximadamente R$ 14.400), mas há itens da coleção sendo vendidos por valores superiores aos tênis NFT da coleção original. O mais caro deles está sendo vendido atualmente por 666,666 ETH (aproximadamente R$ 9,5 milhões). No entanto, a oferta mais alta apresentada pelo referido item até agora foi de 0,645 ETH – aproximadamente R$ 9.262.
A coleção inspirada no clássico modelo Dunk da Nike foi criada pelo RTFKT Studios, empresa dedicada à criação de itens de moda colecionáveis com foco no metaverso que foi adquirida pela gigante de artigos esportivos em dezembro do ano passado.
Até agora, a indústria da moda tem sido uma das mais bem sucedidas na transição para ambientes virtuais, conseguido gerar valor através de itens dedicados ao incremento do visual de avatares – as personalidades digitais que as pessoas assumem no metaverso.
No início do ano, uma semana da moda que reuniu grandes marcas de alta costura foi realizada no metaverso Decentraland (MANA). Embora não tenha sido exatamente um sucesso em termos técnicos ou mesmo em nível de entretenimento, confirmou o enorme potencial que há por ser explorado nestes ambientes virtuais emergentes por empresas do setor.
No Brasil, o ator Cauã Reymond tornou-se consultor da marca de moda masculina Aramis e promoveu o lançamento de uma jaqueta híbrida para ser usada tanto no mundo real quanto no metaverso. Vendidas sob o formato de NFTs, as 25 unidades da peça que custava R$ 2.500 se esgotaram em menos de 72 horas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
Por Cointelegraph
