Com a reforma do Imposto de Renda (IR) adiada para 2025, a tabela progressiva continuará congelada neste ano. Quem ganha mais de R$ 2.824, pouco menos de dois salários mínimos, seguirá pagando o tributo.
A promessa do governo de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, feita em novembro de 2024, ficou para a segunda fase da reforma tributária, com envio previsto apenas após a votação do Orçamento em fevereiro ou março. A proposta inclui também a introdução de uma alíquota de 10% para rendimentos acima de R$ 50 mil mensais, como forma de compensar o impacto fiscal do aumento da isenção.
Desde 2015, a tabela do IR permanece sem ajustes nas faixas de tributação, exceto pela última elevação do piso em fevereiro de 2024, de R$ 2.640 para R$ 2.824, que foi aplicada com base em um desconto simplificado de R$ 564,80. Esse desconto é opcional e pode ser substituído por deduções maiores, como gastos com saúde, educação ou dependentes.
Confira a tabela progressiva mensal do IRPF para 2025:
| Base de Cálculo | Alíquota | Parcela a Deduzir |
|---|---|---|
| Até R$ 2.259,20 | 0% | R$ 0,00 |
| De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 | 7,5% | R$ 169,44 |
| De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
| De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22,5% | R$ 662,77 |
| Acima de R$ 4.664,68 | 27,5% | R$ 896,00 |
Impactos e expectativas
A manutenção da tabela em 2025 agrava a defasagem no IR, ampliando a tributação de trabalhadores de rendas mais baixas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “inconsistências” nos cálculos da Receita Federal atrasaram a tramitação da reforma.
A atualização da tabela continua sendo uma promessa do governo, mas sua implementação dependerá da aprovação no Congresso nos próximos meses.
Via Pernambuco Notícias
























