Na última semana, a cidade de Salgueiro, no Sertão pernambucano, sediou uma audiência pública organizada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O objetivo era discutir os detalhes do projeto de concessão de parte dos serviços da estatal à iniciativa privada. Entretanto, o que chamou atenção no evento foi a fala contundente da professora Márcia Farias, que rapidamente ganhou destaque nas redes sociais.
Após mais de três horas de apresentações conduzidas por representantes do Governo, Márcia expressou sua insatisfação com a dinâmica do encontro e a ausência de espaço para participação popular. “Eu vim aqui para uma audiência pública e estou há mais de três horas só ouvindo o Governo. O auditório está esvaziado, o povo já foi embora. Que tipo de audiência pública é essa em que o povo não pode falar? São três horas de falas do governo, e até agora ninguém da população teve voz. Que audiência pública é essa? Cadê o povo? O auditório está vazio”, desabafou a educadora.
A crítica evidenciou a frustração dos moradores locais, muitos dos quais abandonaram o auditório antes do fim do evento. A repercussão da fala da professora levantou questionamentos sobre a condução das audiências públicas e a efetiva participação da população em decisões de grande impacto social.
A Compesa ainda não se manifestou oficialmente sobre as declarações ou o esvaziamento do auditório. A expectativa é que outras audiências similares sejam realizadas em diferentes municípios de Pernambuco, e a questão da participação popular deve seguir como um ponto de atenção.
Via Pernambuco Notícias
























