15/12/2025 06:37

Presidente nacional do PSB, João Campos critica uso político de debates sobre crime organizado

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Presidente nacional do PSB, João Campos critica uso político de debates sobre crime organizado

Prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos fez críticas à polarização política em torno do debate nacional sobre facções e organizações criminosas. A crítica faz menção à escolha da presidência e relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, instalada pelo Congresso Nacional. As declarações foram dadas em entrevista à Rádio CBN, nesta segunda-feira (17).

Para João Campos, transformar o tema em uma espécie de “palanque eleitoral” prejudica a população e acaba dificultando a construção de soluções eficazes dentro do tema, sendo necessário ações menos políticas e mais técnicas.

O prefeito do Recife defendeu ainda que para discutir propostas legislativas relacionadas ao combate às facções criminosas as escolhas devem priorizar nomes que não estejam necessariamente ligados a pautas de direita ou de esquerda.

“Quando você coloca um projeto pra ser pautado, o relator não vai ser nem um cara da esquerda, nem um cara da direita. Vamos pegar alguém no Congresso que circula bem com todo mundo, que tenha capacidade técnica. Aí você tira um pouco a temperatura da disputa política para ter uma entrega concreta”, disse o prefeito.

Comissão
O colegiado do Congresso Nacional elegeu, no início deste mês, por 6 votos a 5, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) como o nome que vai presidir a comissão, que inicia essa semana as primeiras oitivas. Além dele, por acordo, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) ficou como o responsável pela relatoria da discussão.

Antes, a presidência da comissão esteve em disputa entre o senador petista e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que será o vice-presidente da CPI foi instaurada em meio à repercussão da operação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV).

O colegiado da CPI do Crime Organizado é composto por 11 senadores titulares e sete suplentes que terão o prazo de 120 dias para apurar a atuação, a expansão e o funcionamento de facções e milícias no país.

Tolerância

Com o debate em alta, o prefeito defendeu tolerância zero às organizações criminosas, afirmando que a presença do Estado deve sempre prevalecer sobre o domínio territorial de grupos ilegais.

“Quem tem que mandar no território é o poder público. As pessoas precisam ter livre acesso, não podem depender de facção nenhuma. Me coloco ao lado de uma mãe ou de um pai que não pode entrar em casa sem autorização. A tolerância tem que ser zero”, declarou.

João Campos completou dizendo que o combate às facções exige ações “técnicas, corretas e duras quando necessário”.

Por FolhaPE

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