De volta ao Brasil, depois de mais um giro pela Europa, desta vez a Bruxelas, o presidente Lula deve confirmar a minirreforma no seu Ministério, incluindo o deputado pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos) entre os novos integrantes do primeiro escalão, ocupando provavelmente a pasta de Esporte.
Lula já dá como certo que os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) serão nomeados. Segundo relatos, Lula tratou Fufuca e Silvio Costa Filho como ministros no encontro para comemorar a aprovação da reforma tributária, no Alvorada, em 7 de julho. Ali o martelo foi batido sobre a indicação deles para a Esplanada.
A dúvida é quais ministérios comandarão. A bolsa de apostas atualizada é de que o 1º assumiria Portos e Aeroportos no lugar de Márcio França (PSB). Já o segundo substituiria Ana Moser no Esporte. Nesse cenário, França seria transferido para o lugar de Alckmin, que passaria a ser apenas vice-presidente. Diante do imbróglio, Lula deve demorar certo tempo ainda para chegar a uma configuração definitiva.
As mudanças incluem também a Caixa Econômica Federal. Rita Serrano, presidente da instituição, é considerada por integrantes do governo como incompetente. Diante do diagnóstico, o Centrão sinalizou a indicação de Gilberto Occhi. Ele comandou o banco de 2016 a 2018, durante os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Seu nome, porém, enfrenta resistências da primeira-dama, Janja Lula da Silva, que é contra a redução de dirigentes do sexo feminino no governo. Por isso, cresceu a cotação da petista histórica Miriam Belchior –e atual secretária-executiva da Casa Civil– para comandar o banco estatal. No Palácio do Planalto, a permanência de Alckmin e Dias nos ministérios é tida, por ora, como provável. Mas por motivos diferentes. Lula considera o Desenvolvimento Social estratégico –tem o Bolsa Família– e só o trocaria por outro petista. Já com Alckmin, a mudança só ocorreria se fosse desejo dele.
E o vice-presidente já deu sinais de que não pretende deixar o cargo na Esplanada. Há ainda um certo trauma entre os petistas em desagradar o vice-presidente. Além disso, durante a campanha eleitoral, Alckmin pediu que pudesse tocar a pauta da reindustrialização do país.
Por Magno Martins, de Brasília