Homem fazia exercício de supino na academia, quando a barra caiu no tórax dele. Polícia apura se houve negligência, imprudência ou imperícia
A Polícia Civil de Pernambuco investiga a morte de Ronald José Salvador Montenegro, de 55 anos, ocorrida após um incidente durante a prática do exercício de supino em uma academia de Olinda, no Grande Recife (PE). A barra escorregou das mãos do homem e o atingiu no tórax. A situação aconteceu na segunda-feira (1º/12) e câmeras de segurança registraram o momento em que a barra de ferro que o aluno executava no supino escorregou de sua mão e caiu sobre ele.
O caso foi registrado como morte acidental pela Delegacia de Rio Doce. No entanto, as investigações seguem em andamento para determinar as circunstâncias do ocorrido. A apuração deve analisar se houve imperícia, imprudência ou negligência.
- Personalidade do carnaval
- Ronald José Salvador Montenegro era uma figura central na cultura de Olinda. Ele era o presidente do Centro Cultural Palácio dos Bonecos Gigantes de Olinda. O carnavalesco também integrava o bloco “Homem da Meia-Noite”.
- A vítima, conhecida por sua atuação na cultura local, morreu na terça-feira (2/12), um dia após o acidente. Ele chegou a ser atendido, incialmente, na própria academia, depois em uma UPA, mas não resistiu.
- Ele foi sepultado nessa quarta no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no interior pernambucano.
- “Pegada suicida”
- De acordo com especialistas, é possível deduzir, pelas imagens, que a vítima não manuseava o equipamento de forma correta ao segurá-lo com a “pegada suicida” ou “false grip”.
Ronald segurava o equipamento sem colocar os polegares ao redor da barra, forma que é considerada inadequada, já que desse jeito a barra fica apoiada apenas na palma das mãos. O laudo sobre a causa da morte ainda não foi finalizado.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Educação Física (Cref) da 12ª Região/Pernambuco, Lúcio Beltrão, não se pode atribuir de maneira oficial o acidente à “pegada suicida”, mas, segundo ele, os riscos são consideravelmente maiores.
Beltrão explica que, além de fechar as mãos, é possível utilizar equipamentos para reduzir o risco do acidente, assim como o acompanhamento de um profissional, que, para ele, é essencial.
Por Portal PE10
























