18/12/2025 06:42

Garanhuns: PCPE apreende cerca de 1.500 garrafas, lacres e tonéis em fábrica clandestina de bebidas

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Garanhuns: PCPE apreende cerca de 1.500 garrafas, lacres e tonéis em fábrica clandestina de bebidas

Na operação, policiais localizaram um galpão no bairro Aloísio Pinto, de onde vinham ruídos e forte odor de álcool – Foto: PCPE/Divulgação

Aproximadamente 1.500 garrafas de bebidas alcoólicas, lacres, tonéis de álcool e materiais utilizados para falsificação de destilados foram apreendidos pela Polícia Civil de Pernambuco em galpões na cidade de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.

A ação, que aconteceu nessa segunda-feira (6), nos bairros Aloísio Pinto e Viana Moura, resultou na prisão em flagrante de três homens pelos crimes de associação criminosa e falsificação de produtos destinados ao consumo.

Garrafas, lacres e outros materiais para a fabricação clandestina de bebidas foram encontrados no local | Foto: PCPE/Divulgação

De acordo com a corporação, as investigações iniciaram após o aumento de casos de adulteração de bebidas em diversas regiões do Brasil, resultando, inclusive, na intoxicação de consumidores por metanol.

Na operação, policiais localizaram um galpão no bairro Aloísio Pinto, de onde vinham ruídos e forte odor de álcool. No local, o efetivo encontrou suspeitos realizando o envase e o lacre artesanal de garrafas com líquidos de aparência e cheiro semelhantes a bebidas destiladas.

Informações apuradas pelo delegado Victor Hugo apontam que o material seria distribuído no comércio local e em cidades próximas. Na sequência, os agentes localizaram um segundo depósito, situado no bairro Viana Moura, onde foram apreendidos lacres, tonéis de álcool e materiais utilizados na falsificação das bebidas.

“No total, a operação resultou na apreensão de aproximadamente 1.500 garrafas, além de recipientes e equipamentos empregados na produção”, informou o delegado Victor Hugo, destacando a desarticulação do esquema de fabricação e distribuição de bebidas alcoólicas falsificadas em Garanhuns.

Além dos materiais, também foram avaliadas as condições precárias dos locais. A Polícia Científica de Pernambuco foi acionada para realizar o levantamento pericial na área e, de acordo com o perito Kleber Cardoso, a fábrica clandestina de bebidas destiladas funcionava em condições inadequadas do ponto de vista da vigilância sanitária e higiene.

Locais apresentavam situação precária de higiene | Foto: PCPE/Divulgação

“O ambiente era bem sujo e armazenava grandes tanques com líquidos incolores e odor característico de álcool. Havia ainda centenas de garrafas antigas e caixas de marcas conhecidas, como Montilla e Dreher, prontas para distribuição”, detalhou Cardoso.

O perito também detalhou que o espaço apresentava risco de incêndio e contaminação ambiental. “O imóvel tinha perigo real de incêndio, dada a quantidade de álcool e papel armazenados, com condições propícias para a proliferação de insetos e roedores, podendo ter impacto para a saúde pública”, relatou o especialista.

A Polícia Civil informou que os suspeitos foram encaminhados à Delegacia de Garanhuns, que conduziu a ação, onde foram autuados em flagrante e encaminhados ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça.

Já os materiais coletados serão encaminhados ao Laboratório de Química Forense, no Recife, onde passarão por análise técnica para determinar o teor alcoólico e identificar a presença ou não de substâncias tóxicas, como o metanol, por exemplo.

“As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos na produção e comercialização das bebidas falsificadas”, destacou a corporação, que contou com o apoio da 18ª Delegacia Seccional (Desec) durante a operação.

Pernambuco totaliza 29 casos notificados de intoxicação por metanol, sendo dois desses casos já descartados, na cidade de Gravatá e em Carpina.

O caso mais recente em investigação é o de um homem de 57 anos, morador do Recife, que está internado em um serviço de saúde da cidade.

Os dados atualizados foram divulgados no fim da manhã desta terça-feira (7), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs/PE).

Segundo a SES-PE, oito pacientes permanecem sendo acompanhados em serviços de saúde, e 14 já receberam alta hospitalar, incluindo dois pacientes residentes em outros estados (São Paulo e Alagoas).

A pasta também investiga quatro mortes, sendo duas em Lajedo e uma em João Alfredo, no Agreste; e uma em Paudalho, na Mata Norte.

Três pacientes evadiram-se, abandonando o tratamento por conta própria, segundo informou a SES-PE.

Via Portal FolhaPE

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