Mais um avanço significativo está em andamento em Pernambuco, desta vez na Escola Estadual Indígena Luiz Pereira Leal, localizada na Aldeia Pankará Serrote dos Campos, Cacique Cícera em Itacuruba-PE. A escola se tornará pioneira em incluir o Sisteminha Embrapa como parte integrante de seu currículo interdisciplinar, proporcionando um auxílio valioso em disciplinas como: matemática, português, biologia, química, ciências, geografia, física e outras.
A construção desse projeto é resultado de uma Emenda Parlamentar do Deputado Túlio Gadelha destinada à Embrapa Semiárido, com o objetivo de atender as comunidades indígenas no sertão pernambucano. A empresa responsável pela construção é a CREATIVE Assessoria e Projeto, com coordenação técnica a cargo de Claudia Leal, especialista no Sisteminha.
O Sisteminha será um recurso pedagógico essencial para a educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos, sendo aplicado tanto em sala de aula quanto em atividades práticas. Além disso, desempenhará um papel crucial na garantia da segurança alimentar e nutricional dos alunos e de todos os membros da instituição. Por fim, mas não menos importante, o Sisteminha contribuirá significativamente para a conscientização ambiental do Bioma Caatinga e do Rio São Francisco.
Claudia Leal explica que, embora o Sisteminha tenha como base a erradicação da fome, em Pernambuco foram incorporadas práticas de agroecologia, sequestro de CO2 e agricultura regenerativa ao projeto. O objetivo é resgatar a vida do solo e utilizar outras técnicas sustentáveis.
Claudia Leal já vem trabalhando com a escola há algum tempo, promovendo a conscientização ambiental e o uso de energias renováveis por meio do Projeto Minha Escola Solar, com o apoio do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental. Graças a esses esforços, a escola se tornou a primeira escola indígena em Pernambuco a adotar placas solares. Claudia também esteve envolvida em projetos como o Itacuruba Vive, que visa conscientizar sobre o Bioma Caatinga, o Rio São Francisco e suas histórias, tudo isso com o intuito de se opor à possível instalação de uma usina nuclear às margens do Rio São Francisco.
A restauração da vida no solo, que enfrenta desafios como lixiviação, erosão, queimadas, compactação e pedregosidade, é um dos desafios que Claudia enfrenta. Embora ainda esteja concluindo seu curso de agronomia, ela é certificada como técnica do Sisteminha Embrapa e palestrante, com conhecimentos em manejo do solo, caprinocultura e ovinocultura, sistema de plantio direto, compostagem, produção de húmus de minhoca e gerenciamento de projetos. Sua paixão pelo campo tem contribuído para o sucesso do projeto, e em apenas 10 dias já é possível observar mudanças significativas.
Fotos do Antes:
Fotos do Depois:
Por Redação | Informações e fotos: Alba Leal
Não conheço o ”Sisteminha” mas tenho recebido muitas informações de amigos de inajá e Manari sobre o progresso que vem sendo atingido nos lugares onde esses projetos estão sendo implantados.
Parabéns Cláudia e demais colaboradores.
Aníbal Nunes – Gazeta da Bahia
Obrigada Aníbal Nunes, sinta se convidado a vir conhecer uma unidade do sisteminha, hoje maior concentração é em petrolandia e itacuruba , será uma honra recebe-lo