14/12/2025 16:04

“Cortei por cortar”, diz jovem que mutilou cavalo em Bananal; caso gera revolta e mobiliza famosos

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“Cortei por cortar”, diz jovem que mutilou cavalo em Bananal; caso gera revolta e mobiliza famosos

Um caso de extrema crueldade animal ocorrido em Bananal, interior de São Paulo, está sendo investigado pela Polícia Civil após a divulgação de um vídeo em que um cavalo tem as patas cortadas por um jovem durante uma cavalgada. O autor, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, admitiu o ato em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, e afirmou que “cortou por cortar”, alegando acreditar que o animal já estava morto.

O crime aconteceu no último sábado (16), durante um percurso de cerca de 14 km. Segundo relatos, o cavalo usado por Andrey demonstrou cansaço extremo e se deitou, aparentando estar sem vida. Um amigo, que acompanhava o jovem e filmou a cena, disse à polícia que o animal apresentava respiração fraca e depois parou de respirar, levando-os a concluir, de forma precipitada, que ele havia morrido. Na sequência, Andrey pegou um facão e cortou as patas do cavalo.

Nas redes sociais, a repercussão foi imediata e gerou revolta nacional. A ativista Luisa Mell repudiou o caso com veemência, afirmando: “Cortaram as patas de um cavalo, simplesmente porque ele não aguentava mais andar!”. Artistas como Paolla Oliveira e Ana Castela também se manifestaram pedindo justiça.

Na entrevista, Andrey reconheceu a gravidade do que fez, mas tentou justificar o ato como um momento de desequilíbrio emocional agravado pelo consumo de álcool. “Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo. Não é culpa da bebida. É culpa minha. Eu reconheço os meus erros”, declarou. Ele também contou que, após a exposição do vídeo, passou a receber ameaças de morte e teme sair de casa.

A Polícia Civil de Bananal apura as circunstâncias do ocorrido e aguarda o laudo pericial que determinará se o cavalo estava vivo no momento da mutilação. Se confirmado, Andrey pode ser enquadrado na Lei nº 9.605/1998, que prevê penas de até um ano de detenção e multa por maus-tratos a animais, podendo chegar a 1 ano e 4 meses em caso de morte do animal.

A Prefeitura de Bananal se pronunciou por meio de nota, afirmando que encaminhou o caso à Delegacia e à Polícia Ambiental, e que repudia qualquer forma de crueldade contra animais. O município reforçou o compromisso em combater esse tipo de crime com rigor.

Casos de maus-tratos a animais devem ser denunciados às delegacias ou ao Ministério Público. As denúncias abrangem desde agressões físicas e mutilações até confinamento inadequado, abandono, e exposição a esforços excessivos.

Via Pernambuco Notícias

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