O ex-bombeiro Maxwell Simões Correa foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (27), durante a primeira fase da Operação Élpis, que investiga os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
Conhecido como Suel, o suspeito foi expulso do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio de 2022 depois que ele foi condenado por tentar atrapalhar as investigações sobre o caso.
Ainda no ano passado, Maxwell havia sido preso com outras 11 pessoas por integrar uma organização criminosa de jogos de azar no Rio de Janeiro. O ex-bombeiro atuava no esquema ilegal com Ronnie Lessa, acusado pelas mortes de Marielle e Anderson.
Maxwell já havia sido condenado, em fevereiro de 2021, pelo Tribunal de Justiça a quatro anos por obstrução. Ele respondia em regime aberto. Na época, foi determinado que ele prestasse serviços à comunidade.
“Verifico que a motivação do crime consistia em ludibriar a justiça na investigação acerca de uma organização criminosa que teria envolvimento com a morte da parlamentar Marielle Franco e seu motorista, um crime gravíssimo contra a vida e, principalmente, contra o próprio Estado Democrático de Direito”, diz a decisão judicial da 19ª Vara Criminal.
O ex-bombeiro teria ajudado a esconder as armas usadas na morte de Marielle e Anderson. O armamento era de uso restrito e pertenciam a Ronnie Lessa e foi encontrado em um apartamento usado pelo ex-policial após a morte da vereadora.
De acordo com as investigações, Maxwell cedeu seu próprio veículo para guardar as armas de Ronnie, entre os dias 13 e 14 de março de 2019, o que foi feito para que, em seguida, essas armas fossem descartadas no mar.
Via O Povo com a Notícia