O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima nesta segunda-feira (23/9). Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a prisão acontece em meio à mesma operação que prendeu Deolane Bezerra, a Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bets. O artista tem show marcado no próximo dia 2 de outubro em Petrolândia-PE, durante a Festa do Padroeiro São Francisco de Assis.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. De acordo com o veículo, que teve acesso ao processo que tramita em sigilo, a juiza acatou o pedido da Polícia Civil de Pernambuco. O Ministério Público de Pernambuco, na sexta-feira (20/9), teria pedido a substituição de prisões preventivas por outras medidas cautelares, mas a juíza rejeitou estes argumentos.
“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza, no documento.
Em meio às investigações, a Polícia Civil afirma que por meio da Esportes da Sorte, uma das empresas investigadas na Operação Integration, o esquema usaria a Balada Eventos — empresa em que Gusttavo Lima é sócio — e outras duas empresas para lavagem de dinheiro.
A Justiça de Pernambuco já havia determinado o bloqueio de R$ 20 milhões em bens dessa empresa do cantor. Em resposta à movimentação, Gusttavo Lima, na última semana, afirmou nas redes sociais que “a Balada Eventos foi inserida no âmbito da operação simplesmente por ter transacionado comercialmente com essas empresas investigadas” e disse ter ocorrido excesso por parte da autoridade.
Em nota ao veículo, a defesa da empresa afirmou que: “A Balada Eventos e Gusttavo Lima não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de jogos ilegais e lavagem de dinheiro”.
O Terra entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco, assim como da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP/PE) e da Polícia Civil, em busca de mais informações sobre o caso. A reportagem também tenta contato com a defesa do cantor. A matéria será atualizada após retornos.
Fonte: TERRA