Dezessete novos empreendedores do Sertão pernambucano estão prontos para entrar no mercado de apicultura como produtores de hidromel, bebida milenar e uma das primeiras que se têm registro na humanidade, feita a partir da fermentação do mel em contato com leveduras específicas. Uma capacitação promovida gratuitamente pelo Projeto Amanhã, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) formou estudantes dos municípios de Belmonte, Mirandiba, Ouricuri, Parnamirim, Pesqueira, Petrolina e Serra Talhada.
O curso de hidromel buscou incentivar essas pessoas a ampliarem a lista de produtos que podem ser feitos a partir do mel, agregando maior valor comercial ao produto alimentício. A capacitação, com carga horária de 50 horas/aula, foi ministrado pelos engenheiros agrônomos Tayná Helen e Erison Martins e pelo zootecnista Marcelo Lopes, no Campus Parnamirim da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Dentre outros benefícios aos jovens pernambucanos, o aprendizado deu clareza ao caminho profissional que eles desejam trilhar, a exemplo de Cleyton Silva, estudante de Zootecnia da UFRPE, que concluiu a imersão em Apicultura com o Curso de Produção de Hidromel. “Eu não sabia qual área seguir e, graças à Codevasf, tive a certeza de que vou seguir na área de apicultura”, comemorou o mais novo produtor da região.
Durante a aprendizagem, os jovens também tiveram a oportunidade de debater temas atuais sobre a prática da apicultura e o que há de mais novo no manejo de abelhas, como os processos para a exportação do mel e a diferença entre o produto orgânico e o comum. Na programação do curso, também foram apresentadas técnicas de aumento da produtividade das colmeias.
Após o conteúdo teórico dos dois primeiros dias da formação sobre como produzir um mel de qualidade, a matéria-prima para o hidromel, os jovens puderam colocar, de fato, “a mão na massa”. “Mostramos aos alunos na prática o que debatemos no início do curso, de como podemos aumentar a produtividade dos enxames para conseguir mais mel”, explicou a engenheira agrônoma Tayná Helen.
A professora destacou, ainda, que há diversos outros produtos que podem ser feitos a partir do mel, como a geleia real e cosméticos e que todas essas possibilidades acabam tendo um valor comercial maior que o próprio mel. Ela acrescentou que a formação ofertada pelo Projeto Amanhã deve gerar mais renda e desenvolvimento profissional para os participantes.
“Com o curso, os jovens capacitados ampliaram as possibilidades profissionais a partir do mel, um dos produtos mais baratos da apicultura. Agora passam a tê-lo como matéria-prima para derivados com maior valor comercial”, destacou.
Via PE Notícias