
Bebê dado como morto “acorda” no velório, mas morre um dia depois em hospital no Acre
Reprodução/Internet O recém-nascido que foi dado como morto e surpreendeu familiares ao chorar dentro do próprio caixão durante o velório, em Rio Branco (AC), faleceu na noite deste domingo (26), após um dia internado em estado gravíssimo na UTI Neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora. Segundo boletim médico, a causa da morte foi um quadro de choque séptico e sepse neonatal. O bebê, que nasceu prematuro extremo com apenas 23 semanas e cinco dias de gestação e pesando 520 gramas, havia sido declarado morto ainda na sexta-feira (24), após o parto de emergência. A mãe, transferida do município de Pauini (AM), enfrentava um quadro grave de sangramento, e o hospital de origem não tinha estrutura adequada para atendimento de alto risco. De acordo com o laudo médico inicial, a morte teria ocorrido por hipóxia intrauterina — quando o feto deixa de receber oxigênio suficiente durante a gestação. Após a declaração de óbito, o corpo foi entregue à família para os trâmites do velório. Durante a cerimônia, no sábado (25), uma tia percebeu que o bebê se movia e chorava dentro do caixão, após ter passado cerca de 12 horas em um saco para armazenamento de corpos. Em estado de choque, os familiares correram com o bebê de volta à maternidade, onde ele foi internado imediatamente na UTI Neonatal. Apesar dos esforços da equipe médica, que seguiu todos os protocolos de reanimação, conforme informado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), o estado clínico do bebê era considerado crítico e irreversível. A pediatra Mariana Collodetti, responsável pelo atendimento após o retorno do bebê ao hospital, confirmou que o recém-nascido apresentava prematuridade extrema e fragilidade severa. A Sesacre divulgou nota manifestando pesar e afirmou que foi aberta uma investigação interna para apurar as circunstâncias do caso e assegurar transparência no processo. A diretora da maternidade, Simone Prado, declarou que todos os procedimentos foram realizados conforme os protocolos médicos e reiterou o compromisso da instituição com a ética e o atendimento humanizado. Ela também prestou solidariedade à família, que viveu um dos episódios mais angustiantes e inesperados dos últimos tempos no estado. Por Pernambuco Notícias






