O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viaja neste domingo (19), às 9h30, para Nova York, nos Estados Unidos, onde participará da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A Assembleia Geral das Nações Unidas está marcada para começar na terça-feira (21), ocasião em que Bolsonaro discursará, e será encerrada no dia 27. No entanto, é normal que o chefe de Estado brasileiro viaje alguns dias antes e volte alguns dias depois.
No caso, Bolsonaro viajará com 2 dias de antecedência, mas deve retornar ao Brasil no próprio dia 21. Tradicionalmente, o presidente brasileiro é o primeiro a discursar no evento. Em seguida, o discurso será do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Antes da ocasião do discurso, nesta segunda-feira (20), Bolsonaro tem encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Depois, participa de recepção oferecida pelo Representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas.
Bolsonaro viajará numa comitiva que deve ter ainda os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Marcelo Queiroga (Saúde) e Paulo Guedes (Economia). O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho 03 do presidente, também deve ir.
Bolsonaro deve viajar sem estar vacinado
Bolsonaro viajará sem ter tomado doses da vacina contra a Covid-19. No entanto, a ONU é considerada território internacional, então não está sujeita às regras de nenhum país e, portanto, não cobrará vacina.
Por outro lado, Nova York exige comprovante de vacinação para a maior parte das atividade sociais disponíveis na cidade. Logo, sem vacina, as possibilidades do presidente na cidade ficam muito restritas.
Existe ainda uma expectativa pelo discurso do presidente desta vez. Será a terceira aparição dele no evento. Desta vez, a ONU adotou um modelo híbrido, em que permitirá que chefes de Estado enviem vídeos gravados ou compareçam presencialmente.
Em 2020, por causa da pandemia da Covid-19, a Assembleia Geral das Nações Unidas foi toda virtual. Os chefes de Estado enviaram vídeos. O discurso de Bolsonaro foi mais comedido do que na primeira ocasião.
Na primeira vez na ONU, em 2019, Bolsonaro fez um discurso com críticas à esquerda e referências religiosas. Ainda responsabilizou interesses econômicos estrangeiros pelo desmatamento da Amazônia.
Durante os últimos discursos em eventos no Brasil, Bolsonaro tem criticado uma eventual revisão do marco temporal para demarcação de terras indígenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em cerimônia no último dia 15 no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, o presidente declarou que a eventual revisão seria “quase catastrófica”, porque seria um “duro golpe no nosso agronegócio”.
A tese do marco temporal agrada a ruralistas. Ela define que só podem ser demarcadas as terras ocupadas até a promulgação da Constituição de 1988.
Via PE Notícias