O Partido Liberal oficializou neste domingo a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição para presidente da República. O ex-ministro da Casa Civil general Walter Braga Netto (PL) foi confirmado como candidato a vice durante a convenção partidária que aconteceu no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
O presidente quebrou o protocolo e quando foi chamado para se pronunciar deu a vez a mulher, Michelle Bolsonaro. A primeira-dama falou durante cerca de 15 minutos utilizando um tom religioso na maioria das vezes. “Quando o Planalto se fecha, eu entro com meus intercessores e oro na cadeira dele. E eu declaro todos os dias: Jair Messias Bolsonaro, sê forte e corajoso, e não tema. Ele é o escolhido de Deus”.
Estiverem presentes no ginásio os deputados federais Daniel Silveira, Onyx Lorenzoni, Luiz Lima, Carla Zambelli e Hélio Lopes; o senador Romário; o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; os ex-ministros Eduardo Pazuello e Tarcísio de Freitas; o ex-presidente Fernando Collor de Mello; o advogado Frederick Wassef; e os sertanejos Matheus e Cristiano, responsáveis pelo jingle da campanha, “Capitão do povo”.
Assim como a decoração do ginásio, o público, em sua maioria, estava de verde e amarelo. Muitos se enrolavam em uma bandeira do Brasil, que também era exibida em um grande telão.
Braga Netto
A convenção também confirmou o nome do general Walter Braga Netto para a vaga de vice na chapa de Bolsonaro. O militar se filiou ao PL em março deste ano. Ele também é um dos coordenadores da campanha à reeleição.
“O vice é aquela pessoa que tem que estar ao seu lado em momentos difíceis. O vice é a solução dos problemas, não pode conspirar contra você. Eu escolhi um general do Exército brasileiro. Vocês conhecem muito bem pela ocasião da intervenção no estado do Rio de Janeiro. Ele fez um trabalho fantástico no Rio de Janeiro”, disse Bolsonaro.
O general de quatro estrelas chegou ao posto máximo da carreira dentro do Exército e ganhou notoriedade em 2018, quando foi nomeado interventor federal no Rio de Janeiro pelo então presidente Michel Temer (MDB).
Em 2020, foi nomeado para chefiar a Casa Civil e, depois, em março de 2021, passou a comandar o Ministério da Defesa. Este ano, o general deixou a pasta e assumiu a vaga de assessor especial da presidência da República, da qual foi exonerado em julho.
Com a escolha, Bolsonaro alterou a chapa que o elegeu, cujo vice era Hamilton Mourão (Republicanos). Após atritos públicos, Mourão vai disputar uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Sul.
Por Didi Galvão