22/12/2024 11:54

‘Pouquíssimas falhas causariam essa descida’, diz especialista sobre queda de avião com 132 a bordo na China

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RIO — A tarefa de investigar o que causou a queda do avião Boeing 737-800 na China não será fácil. Nesta terça-feira, a Administração de Aviação Civil da China (CAAC, em inglês) informou que a aeronave foi muito danificada no acidente e que as informações disponíveis até o momento não permitem nenhuma conclusão sobre a tragédia. Uma coisa é certa: o evento é caracterizado com algo muito raro entre especialistas. O brasileiro Lito Sousa, youtuber que foi mecânico em grandes companhias aéreas como Varig e United Airlines, diz que “pouquíssimas falhas” causariam uma descida como a registrada na segunda-feira. Até o momento, não foram encontrados sobreviventes entre os 132 a bordo.

— Os dados mostram que em apenas dois minutos a aeronave mergulhou 20 mil pés, cerca de 6 quilômetros, com uma variação de proa de menos de 30 graus. Nos dois primeiros quilômetros de decida, não acontece quase variação nenhuma de proa, ou seja: o nariz da aeronave continuou apontando no mesmo sentido de direção de voo. Esse tipo de descida é muito estranho para as condições operacionais. Pouquíssimas falhas causariam uma descida desse tipo — ressaltou em vídeo publicado no canal  Aviões e Músicas, com 2,25 milhões de inscritos.

Sousa ressalta que não é possível ter certeza se todas as superfícies — asas e os estabilizadores — da aeronave estão íntegras no vídeo que mostra o Boeing 737-800 mergulhando em direção ao solo. O local do impacto ficou totalmente destruído por conta da velocidade vertical no momento do impacto, mas ele acredita que as caixas pretas devem ter resistido.

— Elas são essenciais para entender o que ocorreu. Se for um problema mecânico, uma diretriz de inspeção deve ser publicada de maneira urgente. Mas se essa possibilidade for descartada já nos momentos iniciais, a investigação segue o curso normal até se construir toda a história desse voo. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês) também deve acompanhar a investigação por se tratar de uma aeronave fabricada nos EUA — explica

Via O Globo

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